Obama condena ato de 'terror' e 'ódio' em massacre de Orlando

AFP
primeiroplano@hojeemdia.com.br
12/06/2016 às 19:14.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:52
 (AFP / YURI GRIPAS)

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WASHINGTON - Um sóbrio presidente Barack Obama expressou, neste domingo (12), tristeza e indignação com o "horrível massacre" que deixou 50 mortos em uma boate gay de Orlando, classificando-o como um ato de ódio e terror.

"Sabemos o suficiente para dizer que isso foi um ato de terror e ódio", afirmou Obama. Foi o tiroteio mais mortal na história recente dos Estados Unidos, deixando 50 mortos e 53 feridos, alguns gravemente.

Durante seus quase oito anos de mandato, Obama foi forçado a emitir declarações sinceras, após mais de 12 tiroteios anteriores.

Ele frequentemente se refere ao tiroteio na escola Sandy Hook, no qual 20 crianças e seis adultos foram mortos, como seu pior dia como presidente.

Esse último ataque contribui para inflamar o debate em várias questões altamente sensíveis sobre a vida política e cultural americana, em meio a uma amarga campanha de eleição presidencial - da luta contra extremistas à batalha dos direitos dos gays, passando pelo aparentemente interminável debate sobre o controle de armas.

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Até agora, Obama foi cuidadoso ao não adicionar mais política à questão.

Ele apontou apenas que "o atirador estava aparentemente armado com um revólver e uma metralhadora".

"Nós ainda não alcançamos uma posição definitiva sobre a precisa motivação do atirador", acrescentou, informando que o FBI já está tratando o ataque como um "ato de terrorismo".

"Nós precisamos não poupar esforços para determinar qual inspiração, ou associação, esse atirador pode ter com grupos terroristas", declarou.

O atirador foi identificado como Omar Mateen, de 29 anos, um cidadão americano de origem afegã.

Lealdade

A imprensa americana sugeriu que ele jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico durante uma ligação ao 911, pouco antes de iniciar o massacre na boate Pulse. O estabelecimento era uma conhecida casa frequentada por clientes gays.

Obama declarou "que este é, especialmente, um dia devastador para nossos amigos e familiares americanos que são lésbicas, gays, bissexuais, ou transgêneros".

"O atirador teve como alvo a boate onde as pessoas se reuniam para estar com amigos, dançar, cantar e viver", lamentou Obama

A bandeira da Casa Branca foi hasteada a meio pau alguns minutos depois da tragédia. O presidente ordenou que todos os prédios públicos federais façam o mesmo.

Seus adversários políticos foram rápidos em apontar que Obama tem evitado, repetidamente, associar ataques dessa natureza com o Islã.

"O presidente Obama vai finalmente mencionar as palavras terrorismo radical islâmico? Se ele não fizer isso, deveria renunciar imediatamente em desonra!", tuitou o virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump.

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