Operação da PF em Minas mira fraudes na compra de insumos hospitalares para combate à Covid-19

Da Redação (*)
portal@hojeemdia.com.br
13/08/2020 às 10:36.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:16
Dois empresários foram presos nesta quinta-feira (29), na 25º fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) (Imagem de Arquivo/Agência Brasil)

Dois empresários foram presos nesta quinta-feira (29), na 25º fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) (Imagem de Arquivo/Agência Brasil)

Minas Gerais é um dos alvos de operação da Polícia Federal (PF) contra suspeitos de integrar uma organização criminosa que fraudava licitações de produtos e serviços para o enfrentamento da Covid-19. Batizada de Vírion, a ação é realizada nesta quinta-feira (13).

Além do território mineiro, mandados de busca e apreensão são cumpridos em Roraima, Amazonas, Bahia, Goiás, Rio Grande do Sul, Pará, Roraima, Santa Catarina e Distrito Federal.

O valor das contratações suspeitas de irregularidades chega a R$ 50 milhões. O dinheiro teria sido utilizado na aquisição de insumos médico-hospitalares básicos, respiradores, testes rápidos, material informativo impresso e leitos em hospitais particulares.

Mais de 150 policiais federais, com apoio de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), cumprem 36 mandados, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Investigações

O inquérito policial indica que um ex-secretário de Saúde de Roraima teria se articulado com um deputado para contratar empresas integrantes do esquema. Eles faziam o rateio de percentuais que seriam destinados às empresas.

O parlamentar solicitava a servidores que dessem andamento aos processos e pagamentos de seu interesse, inclusive cobrando antecipadamente o que era destinado às empresas do esquema. Um ex-deputado também atuaria na organização.

As investigações sugerem que o grupo se aproveitava da possibilidade de contratações diretas, em razão da pandemia, para facilitar os crimes. Segundo a PF, o trâmite era concentrado em único setor da Secretaria de Saúde, sem qualquer transparência ou publicação.

A Controladoria-Geral da União identificou vários indícios da prática de sobrepreço e de irregularidades nas contratações e nos pagamentos, além de falta de transparência na execução dos recursos federais destinados a Roraima, o que dificulta a própria fiscalização dos gastos.

(*) Com Agência Brasil

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