Operação investiga sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Capitólio e Grande BH

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
19/10/2018 às 08:21.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:19

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Civil (PCMG) e a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) realizam operação, na manhã desta sexta-feira (19), para combater um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, que seria comandada por uma família com negócios na cidade de Capitólio, na região Sudoeste do Estado, e Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

Na operação “Irmãos Ostentação”, foram  cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Passos e Capitólio, além de dois mandados de prisão preventiva e cinco de prisão temporária. Participaram da operação 42 Policiais Civis, três promotores de justiça e 40 servidores Receita Estadual.

As investigações revelaram um esquema criminoso que teve início com empresas atuantes no comércio de beneficiamento e distribuição de produtos alimentícios. Mantidas em funcionamento por período de tempo suficiente para atingir solidez econômica, foram depois propositalmente esvaziadas, deixando pra trás uma dívida de ICMS de cerca de R$ 10 milhões.

Com o valor que teria sido desviado dos cofres públicos, os suspeitos teriam montado uma rede de proteção patrimonial consistente na criação de empresas de participação - como restaurante, cervejaria e hotel - para a lavagem de dinheiro, dificultando a identificação dos bens ilicitamente adquiridos e seus reais proprietários. 

Além delas, teria sido criada uma nova empresa atacadista na cidade de Contagem, na região da Ceasa e com filial na cidade de Passos, também suspeita da prática de sonegação. Para garantir o anonimato em relação à fiscalização, os novos empreendimentos foram assumidos por laranjas, a maioria deles parentes dos investigados que continuaram, de fato, à frente dos negócios.

As fraudes teriam rendido milhões de reais aos investigados, que esbanjaram nas redes sociais uma vida luxuosa, ostentando imóveis caros e carros de luxo. Segundo a Polícia Civil, só o restaurante instalado próximo à conhecida região de Escarpas do Lago estaria avaliado em torno de R$ 20 milhões.

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