(Wesley Rodrigues/Arquivo Hoje em Dia)
Policiais do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) montaram uma operação no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) para investigar possíveis fraudes e irregularidades em licitações de medicamentos. A ação foi coordenada pelo delegado Ramon Sandolli.
Os investigadores vasculharam, na manhã desta sexta-feira (29), o Instituto, a sede da empresa, no bairro Cachoeirinha, região Nordeste, além das residências dos suspeitos. Durante a ação foram cumpridos mandados de busca e apreensão e condução coercitiva. A operação foi realizada em parceria com a Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG).
Foram cumpridos, também, quatro mandados de condução coercitiva de suspeitos de envolvimento no esquema e mandados de busca e apreensão na residência deles, bem como na sede da distribuidora de medicamentos investigada. Foram apreendidos documentos, computadores e R$ 18 mil em espécie.
De acordo com o delegado Thiago Machado, investigações realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais, que duram cerca de um ano, objetivam apurar se há irregularidades nas licitações que vitimaram o Estado. “Estamos apurando há quanto tempo ocorriam as fraudes, buscando demais provas e indícios que apontem a materialidade do fato criminoso e identificação de outros suspeitos”, informou o delegado.
Procurado pela reportagem, o Ipsemg informou que está colaborando com as investigações para esclarecer a situação. Por meio da assessoria, o Instituto frisou que os processos de compra ocorrem de forma transparente.
Rombo
Em maio deste ano, o Hoje em Dia divulgou que o regime de previdência especial dos servidores do Estado possui um déficit de R$ 3,36 bilhões e caminha para um colapso em Minas Gerais. A situação tende ao agravamento e coloca em risco as aposentadorias futuras, que podem ser dificultadas. Até mesmo o pagamento dos benefícios já assegurados está em xeque.