(Maurício de Souza)
Policiais civis e representantes do Procon Estadual percorreram bancas de hortifrúti, açougues e laticínios do Mercado Central no início desta tarde desta sexta (01) para mais uma etapa da Operação “Preço Justo”, que visa coibir a cobrança de preços abusivos em função da crise de abastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros.
Segundo o delegado responsável, Matheus Cobucci, não foram encontradas irregularidades nas lojas visitadas. “No Mercado, os comerciantes estão repassando para o cliente um valor condizente com a prática do mercado”, afirmou.
O delegado explicou, ainda, que a Operação tem considerado uma média dos valores praticados pelo mercado e, também, pesquisas como a do site Mercado Mineiro. No entanto, a cobrança de preços acima de 20% demonstra a prática criminosa contra a economia popular (Lei nº 1.521), com pena de 1 a 2 anos de reclusão e pagamento de multa fixada pela legislação.
Na barraca Legumes Adriano, os fiscais observaram o preço da batata e do tomate. A proprietária, Rosilane Martins Adriano, disse que o desafio da sua loja tem sido manter a qualidade dos produtos. Mesmo assim, ela não repassou para o consumidor os aumentos das últimas semanas. “Estou comprando em média R$1 mais caro, mas não mudei os preços”, relatou.
Na Casa de Carnes Drummond, os preços também se mantiveram. Segundo o proprietário, Antônio Drummond Viana, a greve dos caminhoneiros impactou os custos, mas ele optou por não fazer o repasse para a clientela. “No mercado, as pessoas fazem pesquisa de preço”, argumentou.
Balanço
Dos mais de 1 mil estabelecimentos fiscalizados em todo o Estado, desde o último domingo (24), apenas três comerciantes foram penalizados: dois postos de combustíveis e um comerciante de ovos do Ceasa que estava negociando a carga com 80% de acréscimo. “A Operação Preço Justo tem caráter educativo. Em muitos casos, os comerciantes adequam os preços durante a nossa fiscalização”, avaliou o delegado.
A Delegacia Móvel da Polícia Civil continua em funcionamento na Praça da Liberdade, para receber denúncias da população. Os casos de cobranças abusivas também podem ser relatados pelo telefone 181.