Operação Preço Justo fiscaliza bancas do Mercado Central

Luciana Sampaio Moreira
lsampaio@hojeemdia.com.br
01/06/2018 às 16:26.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:23
 (Maurício de Souza)

(Maurício de Souza)

Policiais civis e representantes do Procon Estadual percorreram bancas de hortifrúti, açougues e laticínios do Mercado Central no início desta tarde desta sexta (01) para mais uma etapa da Operação “Preço Justo”, que visa coibir a cobrança de preços abusivos em função da crise de abastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros.

Segundo o delegado responsável, Matheus Cobucci, não foram encontradas irregularidades nas lojas visitadas. “No Mercado, os comerciantes estão repassando para o cliente um valor condizente com a prática do mercado”, afirmou.  

O delegado explicou, ainda, que a Operação tem considerado uma média dos valores praticados pelo mercado e, também, pesquisas como a do site Mercado Mineiro. No entanto, a cobrança de preços acima de 20% demonstra a prática criminosa contra a economia popular (Lei nº 1.521), com pena de 1 a 2 anos de reclusão e pagamento de multa fixada pela legislação.

Na barraca Legumes Adriano, os fiscais observaram o preço da batata e do tomate. A proprietária, Rosilane Martins Adriano, disse que o desafio da sua loja tem sido manter a qualidade dos produtos. Mesmo assim, ela não repassou para o consumidor os aumentos das últimas semanas.  “Estou comprando em média R$1 mais caro, mas não mudei os preços”, relatou.

Na Casa de Carnes Drummond, os preços também se mantiveram. Segundo o proprietário, Antônio Drummond Viana, a greve dos caminhoneiros impactou os custos, mas ele optou por não fazer o repasse para a clientela. “No mercado, as pessoas fazem pesquisa de preço”, argumentou.

Balanço

Dos mais de 1 mil estabelecimentos fiscalizados em todo o Estado, desde o último domingo (24), apenas três comerciantes foram penalizados: dois postos de combustíveis e um comerciante de ovos do Ceasa que estava negociando a carga com 80% de acréscimo.  “A Operação Preço Justo tem caráter educativo. Em muitos casos, os comerciantes adequam os preços durante a nossa fiscalização”, avaliou o delegado.

A Delegacia Móvel da Polícia Civil continua em funcionamento na Praça da Liberdade, para receber denúncias da população. Os casos de cobranças abusivas também  podem ser relatados pelo telefone 181.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por