Oposição síria retoma reunião em Doha para firmar acordo de coalizão

AFP
11/11/2012 às 08:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:05
 (AFP PHOTO/PHILIPPE DESMAZES)

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DOHA - Os integrantes da oposição síria no exílio retomaram seus trabalhos neste domingo (11) em Doha para firmar um acordo destinado a criar uma ampla coalizão nacional destinada a lutar contra o regime de Bashar al-Assad na Síria. Com a violência no país, centenas de famílias sírias estão refugiadas em várias regiões, como na Turquia.



Os representantes dos diferentes grupos, entre eles o Conselho Nacional Sírio (CNS), estiveram reunidos em um hotel da capital do Qatar, que abriga as negociações, para longos debates, que se prolongaram pela madrugada.

"Vamos firmar um acordo para a constituição de uma coalizão entre o CNS e outros integrantes da oposição", declarou à AFP Ahmad Ramadan, dirigente do CNS.

Este acordo é fruto do compromisso entre o CNS e as demais formações que apóiam um plano baseado na iniciativa do ex-deputado Riad Seif para estabelecer uma instância executiva suscetível de tratar com a comunidade internacional e canalizar as ajudas.

O CNS foi alvo de fortes pressões árabes e internacionais no sábado à noite para que aceitasse firmar um acordo sobre a unificação da oposição.

"O mais importante é que o acordo enfatize a necessidade de trabalhar em conjunto após a queda do regime e especifica claramente que não haverá nenhum tipo de diálogo" com Assad, disse Ramadan.

A coalizão, segundo ele, teria que "trabalhar para unificar os conselhos militares" que combatem no terreno das tropas do regime.

A comunidade internacional considerava até pouco tempo atrás o CNS como o "interlocutor legítimo", mas o mesmo tem sido alvo de fortes críticas, principalmente por parte dos Estados Unidos, por sua falta de representatividade.

A Síria tem sido assolada desde março de 2011 por um conflito surgido pela repressão brutal de uma revolta popular contra o regime de Bashar al-Assad. Este movimento de protesta tem se militarizado com o tempo e já deixou 35.000 mortos segundo uma ONG síria.

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