O Hoje em Dia publica nesta segunda (19), no ‘Página Dois’, entrevista exclusiva com a procuradora da República em Minas, Mirian Moreira Lima, que investigou a ‘Chacina de Unaí”. Ela não tem dúvida: foram os irmãos Antério e Norberto Mânica, os maiores produtores de feijão do país, os mandantes do crime.
A integrante do Ministério Público Federal afirma ter reunido um vasto conjunto de provas para, finalmente, apresentar uma resposta para sociedade e familiares das vítimas. Na próxima quinta-feira, os fazendeiros vão sentar no banco dos réus. Serão julgados por sete jurados no auditório da Justiça Federal em Belo Horizonte, quase 12 anos depois do crime.
Em 28 de janeiro de 2004, os auditores Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonsalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira, foram assassinados por pistoleiros numa emboscada na área rural de Unaí, em Minas, a 160 Km de Brasília. Motivo: as investigações sobre trabalho escravo nas propriedades dos Mânicas.
A autora da denúncia vê o excesso de recursos previstos na legislação como responsável pela sensação de impunidade.