Os três pilares da tecnologia móvel em um quarto de século

Marcelo Ramos - Do Hoje em Dia
22/02/2013 às 11:26.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:15
 (Glenn Chapman)

(Glenn Chapman)

Compilar 25 anos de evolução tecnológica em tão pouco espaço não é fácil, ainda mais que, desde 1988, temos vivido uma corrida tecnológica sem precedentes, começando pela popularização dos computadores pessoais, os PCs, o lançamento do CD-ROM, que permitiu o transporte de grandes quantidades de dados, a chegada da internet, do telefone celular, o estouro da bolha, o Bug do milênio, o MP3 e por aí vai.

No entanto, podemos dividir os últimos 25 anos em três grandes pilares, a começar pelo Microsoft Windows. O sistema operacional, criado pela empresa de Bill Gates, fez com que o PC se tornasse um produto amigável para qualquer tipo de usuário e, até hoje, é a principal plataforma para computadores.

Versão 3.0

A versão 3.0 chegou ao mercado em meados de 1990. Com nova interface gráfica, ela permite ao usuário manusear ícones e janelas com o mouse. Além disso, o sistema operacional também permitia uma interação mais simples com os novíssimos kits multimídia.

Esses apetrechos, compostos de placa de som, CD-ROM, caixas de som e microfone, ampliaram as aplicações de entretenimento e tornaram as máquinas mais divertidas.

O segundo pilar da revolução tecnológica foi a chegada da internet. No início dos anos 90, o máximo que se conseguia em termos de troca de informações entre computadores eram as precárias conexões em linhas telefônicas, intermediadas pelos bulletin board system ou apenas BBS, que permitiam conexão com um servidor.

Em 1995, a internet começou a se sedimentar mundo a fora, inclusive no Brasil. O processo de expansão da rede foi rápida, graças ao aperfeiçoamento de sistemas operacionais como Windows 95 e navegadores como Internet Explorer e o Netscape Navigator. Nos primeiros anos, as conexões eram via telefone, por meio de modens de baixa velocidade de transmissão, que atingiam, no máximo, 55 kbps. Além disso, a web era muito rudimentar, com sites escritos em linguagem html, poucas opções de cores e quase nenhuma imagem.

Cara nova

A disseminação de ferramentas de criação de páginas, como Macromedia Dreamweaver, deu cara nova à rede, que possibilitou uso mais dinâmico de imagens, assim como o Macromedia Flash, que inseriu animações.

O surgimento das ferramentas de buscas como Altavista, Cadê e Google deram orientação e localização à massa de endereços que crescia de forma espantosa. Hoje, estima-se que existam 174 milhões de sites na internet.

O Bug e a bolha

Em 1999, um dos assuntos mais discutidos em todo o mundo era como os computadores iriam reagir à virada para o ano 2000. Isso porque equipamentos antigos, como servidores, eram programados para contar até 1999 e depois retornar a 1901: o famoso Bug do Milênio.

A chamada transição Y2K previu diversas atualizações de softwares e trocas de equipamentos para evitar um colapso global. Os mais pessimistas apostam que mísseis nucleares poderiam ser disparados, dentre outros desastres. Mas a tragédia viria poucos meses depois.

Até o início dos anos 2000, a internet se resumia a sites comerciais, portais de notícias e provedores de e-mail. Mas com o surgimento do formato atual dos blogs (versões simplificadas já existiam desde a época dos BBS), que se popularizaram na virada do milênio e ganharam notoriedade durante a invasão dos Estados Unidos ao Iraque.

Com eles, os enviados especiais expressavam suas opiniões de forma independente e não a visão de acordo com a linha editorial de seus veículos de comunicação, imposta pelo governo dos Estados Unidos.

Com o blog, qualquer um, por mais leigo que fosse, poderia publicar suas ideias na web. Hoje, existem cerca de 110 milhões de blogs na rede.

A segunda bandeira do usuário multiplicador da rede foram as redes sociais, em que o Orkut, lançado em 2004 e pertencente ao Google, foi um dos primeiros modelos de sucesso, onde amigos se reencontravam.

O site perdeu audiência com a popularização do Facebook, principal rede social da atualidade que, em 2012, ultrapassou a marca de 1 bilhão de usuários em todo o mundo.

O veneno da maçã que seduziu o mundo

Em meados da década de 1990, a Apple Computer era uma empresa a beira da falência. Ninguém se interessava pelos simpáticos e isolados Macintosh, que perderam terreno para os PC que rodavam Windows.

Para salvar a empresa, Steve Jobs, cofundador da Apple, foi recontratado e um dos primeiros produtos de sua gestão foi o fascinante iMac, em 1998. Unindo monitor e gabinete em um único módulo, tinha desenho moderno, com carcaça translúcida, mouse em forma de disco, conexões USB e abolia o drive de disquetes, em uma aposta que os arquivos seriam transferidos pela internet.

O segundo passo de Jobs foi colocar no mercado o revolucionário iPod, que mudou o mercado fonográfico e tirou o MP3 da marginalidade.

Redimensionando os notebooks

Durante mais de 15 anos, o segmento de computadores portáteis se manteve praticamente inalterado, no entanto, a chegada do processador Intel Atom abriu caminho para os chamados netbooks, que surgiram em 2007.

No mesmo ano, a livraria online Amazon.com apresentou o Kindle, seu leitor de livros digitais, que deu início à corrida dos tablets. Apesar das limitações do Kindle, que só servia para visualizar as publicações da loja virtual, seu conceito foi fundamental para o surgimento dos tablets como o iPad, da Apple, em 2010, que tem uso intuitivo.

E logo após a chegada das pranchetas, a Intel apresentou o conceito do ultrabook, que consiste em notebooks com altíssimo poder de processamento, autonomia estendida, telas sensíveis ao toque e espessura reduzida. E ainda há muito por vir!

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