Pai que largou filho ferido após acidente de carro alega amnésia

Sandro Villar
31/10/2012 às 12:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:45

Acusado de abandonar o filho ferido após bater o carro na traseira de um caminhão, às 4h do sábado (27), em Bauru, o pedreiro Gilmar Rodrigues da Silva, de 32 anos, se apresentou na terça-feira (30) à polícia da cidade, no interior de São Paulo. Ele alegou que, com o impacto da batida, desmaiou e perdeu temporariamente a memória. Ao sair do carro, perambulou pelas ruas e teria desmaiado de novo quando tentava buscar socorro para o filho, André Luis Nascimento Silva, de 4 anos. Gilmar teve um ferimento leve na testa.

O pedreiro disse ainda que pretendia chegar à casa de uma irmã que mora perto do local do acidente. Ele foi ouvido por mais de uma hora no 1.º Distrito Policial.
A polícia não descarta pedir sua prisão temporária. Gilmar vai responder pelo acidente e por abandono de incapaz. Existe a suspeita de que ele estivesse embriagado quando provocou o acidente, segundo a polícia. O acusado foi visto "cambaleando" por uma testemunha que chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O carro que Gilmar dirigia pertence a um parente e atingiu o caminhão que estava parado.

O delegado titular do 1.º DP, Dinair José da Silva, disse que ao menos dez testemunhas serão ouvidas pela polícia. "Já intimamos algumas pessoas, vamos ouvir parentes e todas as hipóteses serão investigadas. Também vamos apurar se a criança usava cinto e a razão pela qual o pai deixou o local do acidente", afirmou Dinair. O delegado disse que vê com "reservas" as explicações dadas pelo pedreiro.

A suspeita de excesso de velocidade também será investigada. "Foi uma batida violenta. Uma colisão normal não causaria aquele impacto, que danificou o carro e o caminhão", comentou Dinair.

Risco

O estado de saúde do menino é estável, mas ainda grave. André Luis sofreu várias fraturas, entre as quais afundamento de crânio. A criança estava no banco da frente.
Ele passou por cirurgia na cabeça no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, para onde foi transferido. Não há previsão de alta. A criança continua internada na Unidade de Terapia Intensiva pediátrica. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
http://www.estadao.com.br

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