Para protestar contra machismo, ativistas fazem topless em Ipanema

Agência Estado
20/01/2015 às 13:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:43
 (ERBS JR./FRAME/ESTADÃO CONTEÚDO)

(ERBS JR./FRAME/ESTADÃO CONTEÚDO)

Foi realizada nesta terça-feira (20), a segunda edição do Topless in Rio, que tem como objetivo chamar atenção para o machismo e a falta de liberdade das mulheres que persistem no século XXI. Foi no posto 9, ponto mais famoso da Praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, sob o sol do meio-dia.

Sete mulheres posaram de seios de fora e oito apoiaram vestindo uma blusa com uma foto de seios à mostra. Homens também deram seu endosso vestindo a camiseta. Cerca de 40 pessoas, a maioria homens e adolescentes, assistiram e tiraram fotos. Muitos fizeram comentários machistas, que foram ignorados.

"Não fazemos isso para que o topless vire moda. Isso não acontece do dia para a noite. É para questionar, desnudar as hipocrisias", disse a organizadora, a produtora cultural e jornalista Ana Paula Nogueira.

O turista norte-americano Kevin Ridgely, de 50 anos, vestiu a camiseta para mostrar repúdio ao cerceamento da liberdade feminina: "No mundo todo, ninguém consegue entender por que no Rio não se pode fazer topless."

De seios de fora, a cantora de funk Renata Frisson, a Mulher Melão (apelido derivado do tamanho dos seios), foi criticada pelo público feminino presente por "querer aparecer", mas disse que não se importa com críticas. "Peito é tabu e tem que ser liberado. Faço o que tenho vontade", afirmou a Mulher Melão.
http://www.estadao.com.br

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