Passagens nacionais estão até 70% mais caras que em 2020

Leíse Costa
leise.costa@hojeemdia.com.br
13/12/2021 às 08:46.
Atualizado em 14/12/2021 às 00:38
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Com quatro anos de experiência como agente de viagens e proprietária da agência Uma Viagens, Fernanda Silva acredita que os brasileiros estão mais confortáveis para viajar devido ao avanço da vacinação. “Houve um grande aumento na procura, especialmente, por regiões litorâneas do Nordeste brasileiro e alguma demanda internacional em locais como Dubai e Qatar, no Oriente Médio, e ainda destino bem isolado, como Maldivas”, relata. 

Um exemplo disso é que a movimentação no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, deverá fechar este mês de dezembro com um fluxo de passageiros de cerca de 875 mil. O volume significa um aumento de 20% em relação a novembro e de 43% na comparação com dezembro de 2020, que totalizou 606 mil passageiros. 

Segundo Silva, no entanto, o que pesa são os preços. “Os valores para dezembro e janeiro sofreram aumentos significativos, principalmente, quando comparado ao ano passado, quando o cenário ainda era muito incerto. Com poucas pessoas vacinadas, houve uma oferta grande de promoções na virada de 2020 para 2021”. Segundo Fernanda, em 2021, aconteceu o contrário: poucas promoções e muitos aumentos. “O mercado ajustou os valores das passagens aéreas internacionais em até 100% e nas nacionais em torno de 50% a 70% em relação aos preços do mesmo período do ano passado”, afirma.

Peter Mangabeira, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais (Abav-MG), aponta que as vendas do setor cresceram 70% em relação a 2020 e que estão próximos ao período pré-pandemia. “O que está dificultando mais é a falta de pacotes, estamos com pouca disponibilidade. Com o mercado internacional fechado, as pessoas estão viajando muito dentro do Brasil”, declara. Mesmo com os bons números, Peter demonstra preocupação com o futuro. “Essa retomada é um alento, mas considerando que ainda há muita incerteza diante da ômicron, temos medo disso atrapalhar tudo de novo”.

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