Pelo menos um terço dos belo-horizontinos admitem que compram por impulso

Heraldo Leite
hleite@hojeemdia.com.br
02/02/2018 às 22:38.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:07
 ( Maurício Vieira)

( Maurício Vieira)

Pelo menos três em cada dez belo-horizontinos admitem que fazem compras por impulso. E engana-se quem pensa que a turbulência econômica freou o ímpeto diante da vitrine. Segundo pesquisa da Fecomércio-MG, o índice vem subindo desde junho do ano passado, quando este tipo de questionário começou a ser feito.

As estatísticas também apontam que 70% dos consumidores na capital até fazem algum tipo de planejamento financeiro. No entanto, apenas 26% seguem o que propuseram.

A analista de pesquisa da Fecomércio, Elisa Castro, explica que o crescimento nas compras por impulso coincide com o aumento de promoções no comércio desde que acenderam os primeiros alertas da crise, em 2014.

“Os comerciantes começaram a apostar no atendimento diferenciado, na criatividade das vitrines e grandes descontos para chamar a atenção dos consumidores”, diz.

Elisa acrescenta que os índices apontam para um pico nas chamadas compras por impulso especialmente nas datas comemorativas, como Dia das Mães, dos Namorados, dos Pais e Natal. “É nítido que essas datas têm um valor afetivo e emocional. Daí o impulso é maior”, afirma.

O estudante de Publicidade Gilmar Parreira, 22 anos, faz parte das estatísticas e admite que não resiste diante de uma oferta. “Quando vejo algo em promoção compro na hora com medo de não achar depois”, afirma. Fã do personagem Harry Potter, Gilmar tem até três exemplares de um mesmo livro do bruxo, apenas com diferenças na capa.

Ele conta que recentemente foi a um shopping center com uma colega de trabalho, sem pretensões de comprar nada. Saiu de lá com três calças e dois pares de sapatos novos.

Dívidas

O consumismo pode custar caro e prejudicar o orçamento. “Quem não planeja tem grandes chances de entrar para o quadro de inadimplência”, alerta Elisa Castro. A orientação é pesquisar preços e sempre consultar a taxa de juros antes de comprar.

Apesar de confessar a impulsividade nas compras, Gilmar Parreira garante não sofrer com dívidas. No entanto, ele conta que já gastou tanto em um mês que faltou dinheiro para viajar em outro. Além disso, acredita que poderia ter poupado o suficiente para pagar à vista o intercâmbio de um mês que pretende fazer na Inglaterra. O jeito foi parcelar de várias vezes.

  

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