Perspectivas brasileiras apontam crescimento da população idosa

Hoje em Dia
01/09/2013 às 07:39.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:31

Está diminuindo o número de nascimento de crianças no Brasil e aumentando o de velhos, conforme a última projeção do IBGE sobre a população. A expectativa é que em 2060 mais de um quarto dos brasileiros sejam idosos e que o número de pessoas em idade para trabalhar estará menor do que hoje. É possível ver esse envelhecimento da população com pessimismo ou, como defendeu a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, como algo a se comemorar.   O Brasil está com 201 milhões de habitantes. O número deve chegar a 228 milhões até 2043, quando então começa um lento declínio, caindo para pouco mais de 218 milhões em 2060. Então, quase 27% dos brasileiros terão mais de 65 anos de idade. Hoje são 7,4%. A expectativa de vida também terá aumentado, dos atuais 74,8 anos, para 81,2 anos.    Ao fazer essas projeções, o IBGE tem como referência o que observou, nos últimos anos, no Brasil e noutros países, sobretudo os desenvolvidos. Não parece haver dúvida de que, mantido o ritmo atual de crescimento do Produto Interno Bruto, teremos alcançado, num prazo pouco distante, o nível do que se considera hoje um país desenvolvido.    E o que de mais importante, em termos demográficos, aconteceu nesses países? O que mais se evidencia é a queda da fertilidade feminina, porque as mulheres passaram a se dedicar mais a outras atividades do que a povoar a terra. Elas disputam com os homens espaço no mercado de trabalho, em todas as áreas. É algo a se comemorar. Por outro lado, o número de bebês gerados por mulheres em idade fértil, que era de 2,4 em média por brasileira no ano 2000, já caiu para 1,8 hoje e deve chegar a 1,6 dentro de dez anos. Esse índice, quando inferior a dois, significa que, ao longo do tempo, vai diminuir a quantidade de habitantes.   Com o nível educacional que o Brasil já alcançou e que deve se elevar nos próximos anos, é impossível querer que as famílias brasileiras voltem a ter numerosos filhos. E nem é desejável, num planeta já superpovoado por seres humanos. A solução para que o país não se transforme numa sociedade em decadência será incentivar a vinda de trabalhadores estrangeiros, sobretudo os mais qualificados.    É o que se vê quando o governo incentiva a emigração de médicos formados no exterior, mesmo não tendo chegado ainda o momento em que isso se tornará inevitável. Quando acabar o chamado bônus demográfico e o número de pessoas em idade ativa ficar menor do que o de crianças e idosos.

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