Perua atômica: Mercedes atualiza versão AMG da perua Classe E, que chega a 620 cv

Marcelo Jabulas
@mjabulas
23/06/2020 às 09:33.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:50
 (Mercedes-Benz)

(Mercedes-Benz)

No Brasil, elas estão em franco processo de extinção, sobrevivendo de algumas opções importadas. Mas lá fora, mais precisamente na Europa, as peruas seguem com toda força, literalmente. A Mercedes-Benz acaba atualizar a versão nervosa E63 S AMG Estate, que vai além dos 600 cv para abalar o reinado da poderosa, RS6 Avant. 

Sim, até outro dia a perua da Audi se postava no topo da cadeia alimentar das station wagons de alto desempenho, mas o pessoal de Affalterbach, sede da divisão AMG, viu que era hora reivindicar o trono. Para isso, o time do braço esportivo da Mercedes injetou uma dose extra de esteróides em seu polivalente V8 biturbo 4.0, que passa a entregar 620 cv e nababescos 85 mkgf de torque. São números que superam a rival em 20 cv e 5 mkgf de torque. 

Para se ter uma ideia do que esse motor significa, ele é o segundo bloco mais potente que a Mercedes já colocou num automóvel de rua. Acima dele, apenas finado V12 biturbo 6.0, que originalmente rendia 612 cv e 100 mkgf de torque na SL 65 AMG, mas foi ajustado para 670 cv na edição Black Series. Acontece que atualmente o V12 só é disponível para o S65 AMG, modelo topo de linha da marca, que é uma limusine de alto desempenho. 

Completa o conjunto a transmissão automática de dupla embreagem e nove marchas AMG Speedshift MCT, combinada com o sistema de tração integral 4Matic Plus. Tudo isso significa que essa perua de mais de duas toneladas acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos. A velocidade máxima? A Mercedes nem divulga, mas é fato que vai muito além dos 250 km/h (que são o limite eletrônico, do acordo de cavalheiros entre o governo alemão e seus fabricantes). Mas colegas europeus, que aceleraram o modelo afirma que ela chega a 297 km/h. 

Visualmente a E63 S AMG é mais discreta que a concorrente das quatro argolas. Ela não é tão insinuantes, mas se revela nos detalhes. A grade "Panamericana" de doze lâminas - herança do 300 SL (W 194) vencedor da Carrera Panamericana, disputada no México, em 1952, assim como os dois ressaltos nos capô, indicam que não se trata de uma perua qualquer. 

As rodas aro 20, com desenho estilo BBS (padrão nos modelos AMG) são menores que as aro 22 da RS6 Avant, assim como os para-lamas traseiros são mais comportados que os painéis alargados da concorrente. Na traseira, as quatro ponteiras denunciam que não convém ultrapassá-la.

Por dentro, ela tem tudo que o consumidor por exigir de um Mercedes-Benz, quadro de instrumentos integrado com sistema multimídia, assistente por comandos de voz, assistentes de condução, com controle de cruzeiro ativo, frenagem automática, detecção de pedestres, monitoramento 360 graus, assim seletor de comportamento dinâmico, que transforma ela numa pacata perua familiar e também num carro de corridas, dentre outros itens.

Ficou interessado? O problema é que a Mercedes ainda não divulgou os preços, mas é estimado que ela custe entre 100 mil e 110 mil euros. Algo em torno de R$ 593 mil. Por aqui, caso seja importada (o que é bem plausível) podemos esperar valores na casa de R$ 1 milhão.

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