Pesquisa da Febraban revela do pessimismo ao uso do Pix para paquera

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
30/03/2021 às 20:25.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:33
 ( MAURICIO VIEIRA)

( MAURICIO VIEIRA)

A pesquisa Radar Febraban, divulgada nesta terça-feira (31), mostra que a expectativa dos brasileiros para os próximos meses é de pessimismo e precaução. Sobre o cenário econômico, 80% preveem o aumento da inflação e do custo de vida; 76% acreditam que a taxa de juros vai aumentar; 70% acham que o desemprego vai crescer; 64% vislumbram a diminuição do poder de compra das pessoas e 35% apostam na diminuição do acesso ao crédito.MAURICIO VIEIRA Mesmo com as facilidades, é necessário ter cuidado ao usar os meios digitais para a transferência de valores

Além disso, o levantamento traz um dado, no mínimo, curioso. Ao comentar e avaliar os três primeiros meses de operação do Pix – ferramenta para transferências digitais criada pelo Banco Central (BC) –, 1% dos entrevistados (o que corresponde a cerca de 1,6 milhão de pessoas) disseram ter usado o sistema como “aplicativo de relacionamentos” – como o Tinder, por exemplo.

Para o economista Felipe Leroy, a utilização da ferramenta para tal finalidade vem, sobretudo, da facilidade que ela propicia aos usuários. “O Pix caiu no gosto das pessoas. A maioria aprovou o seu uso. Pela facilidade que dá, acaba sendo usado com diversas finalidades, inclusive uma a que não se propõe”, explica o economista.

Mesmo com as facilidades, é necessário ter cuidado ao usar os meios digitais para a transferência de valores. O levantamento aponta que seis a cada dez entrevistados se sentem inseguros: 41%, pouco seguros, e 21%, nada seguros em relação à proteção de seus dados pessoais na internet. Diante disso, 56% das pessoas consultadas afirmam tomar cuidado e adotar medidas protetivas; enquanto 29% têm apenas “um pouco” de cuidado.

Paralelamente, a pesquisa aponta como majoritária a confiança da população nos bancos (57%), em meio à crise. Ainda neste contexto, é positiva a avaliação sobre a contribuição de empresas privadas (51%) e das fintechs (49%) no enfrentamento da pandemia.

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