
Divulgados nesta segunda-feira (27), quatro importantes indicadores da economia brasileira e mineira ajudaram a mensurar os estragos causados pelo novo coronavírus. O primeiro foi o custo da cesta básica, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Entre 23 de março e 22 de abril, já com medidas de distanciamento social em vigor, em várias cidades, o índice de preços médios de itens básicos de alimentação saltou da deflação (-0,06%) para a inflação 1,86%. Feijão carioca (-1,45% para 8,62%), feijão preto (-2,73% para 8,13%), batata inglesa (0,33% para 13,69%) e leite longa vida (-1,10% para 7,55%) estão entre os itens que mais contribuíram para o aumento.
Paralelamente à alta da cesta básica, que pode indicar reaquecimento do processo inflacionário, três índices que medem a disposição de consumidores, comerciantes e industriais voltaram a apresentar baixas significativas.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela FGV, recuou 22 pontos em abril, na comparação com março. Com isso, o indicador chegou a 58,2 pontos, numa escala de zero a 200 pontos, menor nível da série histórica iniciada em setembro de 2005. O mínimo histórico anterior era o de dezembro de 2015 (64,9 pontos).
Já o Índice de Confiança do Comércio (ICOM), também da Fundação, caiu 26,9 pontos em abril, a maior queda em toda a série iniciada em abril de 2010. O ICOM passou de 88,1 para 61,2 pontos, também registrando o mínimo da série histórica. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 12,3 pontos.
Indústria
Anunciada também ontem, a Sondagem Industrial de março, da Fiemg, apontou intensos decréscimos (atingindo patamares inferiores a 50 pontos) em relação a fevereiro em itens como produção, uso de instalações, estoques e satisfação com os lucros entre os empresários.