Peugeot 2008: Finalmente marca do leão combina motor THP e caixa automática ao jipinho francês

Marcelo Ramos
17/05/2019 às 15:29.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:42
 (Marcelo Ramos)

(Marcelo Ramos)

SÃO PAULO (SP) – O ilustre Compadre Washington decretou em seu clássico do Axé que: “pau que nasce torto nunca se endireita”. Mas fato é que às vezes a regra é subvertida. A Peugeot acaba de lançar a linha 2020 do utilitário-esportivo (SUV) 2008 que corrige uma reclamação antiga do público: a falta do casamento do motor THP 1.6 a uma transmissão automática.

Junto com a combinação do motor e caixa, 2008 também passou por uma leve remodelação. O carro teve o para-choque dianteiro redesenhado, o ângulo de ataque ampliado para 23° e a parte frontal elevada, o que deixou o jipinho com visual mais robusto.

Outra novidade é que o 2008 passa a ser vendido apenas com transmissão automática de seis marchas, que é combinada com a unidade 1.6 de 118 cv e a turbo de 173 cv. O portfólio conta com quatro versões, partindo da opção para PCD (R$ 70 mil), subindo para Allure Pack (R$ 79.990), Griffe (R$ 89.990) e Griffe THP (R$ 99.990).

Reposicionamento
Durante a apresentação da linha 2020, executivos da PSA explicaram a mudança na estrutura da marca, o reposicionamento de mercado e os esforços que têm sido feitos para remover os rótulos negativos da marca do leão. A Peugeot expandiu o programa Total Care, que passa a oferecer reboque para automóveis de até oito anos, plano de recompra pela rede de concessionários – em que se comprometem a pagar pelo usado do cliente valores a partir de 85% da referência da Fipe – e até mesmo revisão gratuita caso o dono esteja insatisfeito com o serviço.

No entanto, uma das ações mais inteligentes da francesa é a aproximação com oficinas não autorizadas. De acordo com os executivos, a marca tem proporcionado qualificação a mecânicos, assim como fornecimento de documentos técnicos e instruções para manutenção dos carros.

“Correção”
A combinação da caixa automática e o excelente motor turbo, desenvolvido em parceria com a BMW, era uma demanda antiga. E a solução do “problema” só foi possível com a nacionalização do primo C4 Cactus, da Citroën.

Segundo executivos da marca, quando o 2008 foi lançado, em 2015, o carro tinha sido desenvolvido para abrigar o motor 1.6 de 118 cv e uma opção de caixa automática de quatro marchas. A questão é que a caixa era insuficiente para o motor turbo e a unidade de seis marchas, que equipava o 408, não cabia no cofre do motor. Daí ele só foi lançado com câmbio manual de seis marchas.

E com a chegada do primo foi possível redesenhar o berço do motor, devido ao fato de a PSA ter feito aporte de cerca de R$ 300 milhões para trazer o Citroën. E como os dois compartilham, finalmente foi possível encaixar o conjunto motor no leãozinho.

O Turbo
Ao volante, a unidade THP automática mostra um comportamento arisco. O motor enche rápido e as trocas são imperceptíveis. No entanto, faltaram borboletas no volante. Não que a ausência comprometa o carro, mas a opção de reduções no volante torna a dirigibilidade mais dinâmica.

A parte desagradável de tudo isso é que o carro só chega ao mercado no último trimestre de 2019. Mas o que são mais alguns meses depois de uma espera de quase cinco anos?

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