PF deflagra 56ª fase da Operação 'Lava Jato' e prende suspeito na Grande BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
23/11/2018 às 09:14.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:57
 (Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

(Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

Minas Gerais é um dos alvos da 56ª Fase da "Lava Jato", deflagrada nesta sexta-feira (23) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. A operação, denominada Sem Fundos, apura superfaturamento na construção da sede da Petrobras em Salvador (BA). Por causa da fraude, um suspeito foi preso em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além do mandado de prisão, a PF também cumpre outros três de busca e apreensão em BH e em Nova Lima. 

A ação ocorreu simultaneamente em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. No total, os agentes federais cumprem 68 mandados de busca e apreensão, oito de prisão preventiva e 14 de prisão temporária. Seis suspeitos foram presos no estado paulista.

Conforme a investigação, também houve superfaturamento nos contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia. O dinheiro levantado de forma ilícita seria usado para pagar vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobras e dirigentes da PETROS, além outros comparsas. "Tudo isso em prejuízo à estatal e ao fundo de pensão investidor, este mantido mediante patrocínio da própria Petrobras e das contribuições de seus empregados", frisou.

Os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição da Justiça. Se condenados, os investigados podem ter que pagar multa e pegar até 50 anos de prisão. 

O esquema

De acordo com a PF, o Fundo Petrobras de Seguridade Social – PETROS, mediante parceria com a Petrobras, investiu na execução da obra para alugar o prédio à empresa estatal por 30 anos. Ocorre que, com o direcionamento da execução das obras à uma empresa ligada a outras duas grandes empreiteiras já conhecidas da "Lava Jato", o valor da execução ficou bem acima do que deveria, assim como o valor de aluguel a ser pago também.

"Assim, os investigados direcionavam parte dos recursos obtidos desses valores a maior para pagamento das propinas, utilizando de artifícios para ocultar e dissimular a origem e destino desses montantes", destacou a PF.

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