(André Brant/Hoje em Dia)
O DEM e o PPS podem ser chamados a fazer parte da composição pela governabilidade do governador eleito Fernando Pimentel (PT).
Fontes ligadas às negociações com os partidos políticos informaram que o vice-governador eleito, Antônio Andrade (PMDB), deve chamar lideranças das duas legendas para conversar. Ele irá propor que ambas façam parte do bloco governista na Assembleia Legislativa. Não está descartada a hipótese de também comporem o novo governo, com cargos na administração.
“Acho possível que eles componham o governo. Quem fez oposição ao Pimentel foi o candidato derrotado pelo PSDB. Os outros partidos só compuseram com ele”, afirmou um deputado.
Na avaliação de parlamentares, seria mais fácil dissuadir o PPS. Mas Andrade deve conversar com integrantes do Democratas também.
Tão logo termine o segundo turno das eleições presidenciais, o vice-governador eleito marcará reuniões com presidentes de partidos que elegeram deputados estaduais. Ele foi escolhido pelo governador eleito para comandar as articulações políticas, especialmente na Assembleia Legislativa.
Andrade sentará à mesa com legendas como PDT, PV, PR e PSB, que não fizeram parte da coligação que elegeu Fernando Pimentel. A ideia é conseguir maioria na Assembleia para viabilizar a governabilidade. Alguns membros das siglas que deram sustentação ao governo tucano em Minas já teriam demonstrado interesse na composição.
PT, PMDB, PCdoB, PRB e Pros, partidos que integraram a chapa de Pimentel, conseguiram eleger 23 deputados estaduais. A Assembleia conta com 77 parlamentares.
PMDB
O PMDB e o PT devem ser os partidos que mais serão contemplados por Pimentel na montagem do novo governo. Fontes ligadas às negociações informaram que o petista prometeu “espaço generoso” aos aliados. Mas já tem liderança reclamando que a legenda não foi contemplada na equipe de transição. Parlamentares peemmedebistas garantem que a reclamação é pontual e não atinge a bancada, que estaria satisfeita com as promessas dos petistas.
Em compasso de espera
Parlamentares mineiros acreditam que os partidos que compuseram a base das administrações tucanas, nos últimos 12 anos, migrariam para a ala governista com maior facilidade caso a presidente Dilma Rousseff (PT) seja reeleita.
Eles avaliam que grande parte das legendas, como PR e PDT, por exemplo, já fazem parte do governo federal petista.
Mas a tentativa de atrair as legendas, inclusive as de oposição, será feita mesmo no caso de o senador Aécio Neves (PSDB) ser eleito.
As negociações, por enquanto, estão paralisadas, esperando o resultado do pleito presidencial.