Ademir Lucas é acusado de desviar R$ 70 mil em verba indenizatória

Ana Flávia Gussen - Do Hoje em Dia
30/09/2012 às 09:01.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:41
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

  Candidato à Prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana, o ex-deputado Ademir Lucas (PSDB) é alvo de uma investigação da Procuradoria Geral de Justiça por desvio de dinheiro público. Segundo a ação, assinada pelo procurador-geral Alceu Torres, o tucano teria desviado R$ 70 mil de verba indenizatória no período que ocupou uma vaga na Assembleia Legislativa.   As denúncias são referentes ao segundo mandato de Ademir, iniciado em 2007. Depoimentos prestados à procuradoria e obtidos pelo Hoje em Dia apontam para suposta prática de improbidade administrativa e falsidade ideológica.   Entre julho de 2009 e janeiro de 2010, o então deputado apresentou à Assembleia 12 notas da empresa Contagem Ação, Promoção, Eventos e Publicidade, em um total de R$70 mil, para fins de reembolso da verba indenizatória. Oficialmente, a empresa teria prestado serviços editoriais para Ademir, como a produção de jornais e materiais de publicidade.   Casa da avó   Segundo consta na Junta Comercial, o endereço da empresa é no bairro Vila Satélite, em Sarzedo, na Região Metropolitana. Porém, no local existe apenas a casa da avó da proprietária da empresa, Ana Maria da Cruz.    Em depoimento dado à procuradoria, uma sobrinha de Ana Maria confirmou que não sabe onde funciona a empresa e que o marido de sua tia, Edson Tadeu de Jesus, foi assessor de Ademir Lucas por muitos anos.   Ana e Edson costumavam frequentar a casa do tucano, que foi padrinho de uma das filhas do casal, segundo consta no depoimento.   A proprietária Ana Maria também confirma que no endereço fornecido à Junta Comercial mora a sua mãe, mas alega que a empresa presta serviços editoriais. Ana confessa também que Edison é o real gestor da Contagem Publicidade, mas que ele nunca “revelou a razão pela qual não queria que seu nome constasse no contrato social”. Edson geria a empresa por meio de uma procuração.   Freelancer   Ana Maria alega que os materiais editoriais dos clientes são feitos no endereço residencial do casal, onde há impressora e computador. Em seu depoimento, Edison nega que faça parte da empresa e diz que faz serviços como freelancer para deputados estaduais, com exceção de Ademir. Ele disse desconhecer o volume ou valor de nota emitidas pela empresa Contagem Publicidade. 

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