Agentes de segurança prometem pressão para reaver índices de recomposição

Cinthya Oliveira
Hoje em Dia - Belo Horizonte
12/03/2020 às 20:12.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:56
 (Luiz Santana/Arquivo ALMG)

(Luiz Santana/Arquivo ALMG)

Um dia após a divulgação da decisão do governador Romeu Zema de vetar parcialmente o Projeto de Lei que corrige valores dos vencimentos básicos dos servidores, agentes da segurança pública se reuniram nesta quinta-feira (12) para debater estratégias de pressão para que a Assembleia Legislativa retome o texto original. A partir do veto, os salários da categoria serão reajustados em 13% e não em 41,7% de forma escalonada, como previa o projeto original enviado pelo próprio Executivo. Também foi vetado qualquer aumento para as outras categorias. 

“Na terça-feira, tivemos uma reunião com o Bilac Pinto (ex-secretário de Governo) garantindo que o Zema iria sancionar a recomposição de 41,7% e vetar tudo aquilo que o governo não colocou no projeto. Encaramos isso como uma traição”, afirmou o sargento Marco Antônio Bahia Silva, presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais.

Segundo ele, a categoria irá fazer pressão para que deputados estaduais derrubem o veto colocado pelo governador. O primeiro passo dos agentes de segurança é ocupar a audiência pública que será realizada na Assembleia Legislativa, na próxima terça-feira (17), às 10h. “Quando o projeto chegar na Assembleia para votação, vamos trazer caravanas do interior, com pelo menos 10 mil servidores, para pressionar”.

Se a Assembleia mantiver o veto e o aumento de 41% para servidores da segurança pública não for aprovado, a pressão deve continuar. “Não previmos nada para esse caso, mas as consequências disso são danosas. Vai ter reação”, disse o sargento.

O governador se pronunciou sobre a decisão de vetar parcialmente o texto referente aos reajustes salariais. Entre os fatores citados, estão redução da projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020, avanço da pandemia do coronavírus e queda nos preços do petróleo. Segundo Zema, tudo isso contribui para um menor crescimento na receita do Estado.

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