CGU recebe denúncia de "fantasmas" em escritório do Sesi

Estadão Conteúdo
02/08/2014 às 14:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:37

Funcionários do Serviço Social da Indústria (Sesi) denunciaram à Corregedoria Geral da União (CGU) no começo do ano a existência de fantasmas nos quadros da entidade, informa a Revista Época em sua edição deste fim de semana.

Segundo a reportagem, todos os "fantasmas" foram indicados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros próceres do PT. Os auditores da CGU, como caça-fantasmas, foram a campo. Em uma casa amarela, nº 787, da Rua José Bonifácio, no Centro de São Bernardo do Campo, em São Paulo, funciona o escritório de representação em São Paulo do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria, o Sesi. A casa fica a 40 metros do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em que Lula se projetou como um dos maiores líderes políticos do Brasil.

O sindicato mais famoso do País continua sob o comando de Lula e seus aliados, diz Época. A casa amarela foi criada por esses aliados no governo Lula. Quem a banca são as indústrias do País, mostra a reportagem.

Segundo a Época, o escritório é modesto, mas os salários são inimagináveis e para trabalhar lá é preciso ser amigo de petistas poderosos. Dois dos funcionários "fantasmas", segundo a publicação, são próximos de Lula, sua nora Marlene Araújo Lula da Silva e a mulher do ex-deputado João Paulo Cunha, condenado no processo do Mensalão, Márcia Regina Cunha. Marlene raramente aparece no serviço, apesar de ter um salário de R$ 13.500,00 mensais, enquanto Márcia, que está empregada como gerente de Marketing, recebe R$ 22 mil por mês, denuncia a publicação.

O presidente do Sesi, Jair Meneghelli, nomeado por Lula e há 11 anos na entidade, recebe salário de quase R$ 60 mil, somando ao salário uma verba de representação. Por meio de sua assessoria, Meneghelli afirmou que Marlene, Márcia e outros funcionários do Sesi cumprem suas jornadas de trabalho normalmente, que os cargos são de livre provimento e que os carros usados por ele são compatíveis com "padrão executivo, adotado pela instituição desde antes da atual gestão, e a despeito de quem seja gestor".

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