Depois da briga pelos eleitores, vereadores disputam gabinetes

Lucca Figueiredo - Do Hoje em Dia
14/01/2013 às 06:45.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:35
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Depois da posse dos eleitos, as câmaras municipais de diversas cidades mineiras enfrentam agora um outro problema: a falta de espaço para abrigar os gabinetes dos parlamentares. Em todo o Estado são 569 vereadores a mais do que na legislatura anterior espalhados por 124 municípios. Em muitos locais, os prédios já chegaram ao limite de sua capacidade.
 
É o caso de Santa Luzia, na região metropolitana. No município, o número de vereadores aumentou de 13 para 17 e o prédio principal, que fica ao lado da igreja matriz da cidade, não possui condições de receber a nova demanda.
 
Um outro detalhe dificulta ainda mais a situação. O edifício faz parte do centro histórico e é tombado. Portanto, para efetuar qualquer intervenção é preciso uma autorização do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) e da Secretaria Municipal de Cultura.
 
A solução para o impasse pode ser a utilização de um prédio que também pertence à Câmara, mas que fica distante cerca de um quilômetro do prédio principal. Essa, pelo menos, é a intenção do presidente da Casa, Pedro de Teco (PTC). “Já estão sendo feitas obras de adaptação. Em fevereiro tudo estará pronto”, afirmou.
 
O Hoje em Dia esteve no local e não percebeu nenhuma intervenção. Pelo contrário. No local funciona atualmente o setor de assistência judiciária da prefeitura. Uma funcionária no local confirmou a situação. “Teve esse boato, mas parece que não vamos sair e eles não vão vir”, disse. Questionado, Pedro de Teco não quis comentar a situação. Além de abrigar os gabinetes, a Câmara de Santa Luzia precisará reformar o plenário, porque não há assentos para todos os vereadores.
 
Gastos
 
Em Congonhas, região Central do Estado, o número de parlamentares subiu de nove para 13 e a situação deve demorar mais seis meses para ser resolvida. A intenção do presidente do Legislativo municipal, Adivar Barbosa (PSDB), é a de alojar os vereadores no prédio atual da Câmara e transferir a administração para o edifício antigo, distante cerca de 200 metros.
 
“Somente com a reforma estimamos um gasto de R$ 50 mil”, disse o vereador. Até a realização da obra, os quatro novatos devem ocupar salas que serão alugadas com o dinheiro público.
 
Já em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a adaptação de espaços devem ser suficiente para abrigar os novos vereadores. Na cidade, o número subiu de 21 para 27. Com isso, alguns setores serão remanejados. No plenário, não haverá problema pois o local possui capacidade para 33 pessoas.

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