Oposição quer pedir convocação de ministro da Saúde ao plenário

Estadão Conteúdo
16/02/2016 às 16:09.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:26

Líderes da oposição na Câmara protocolaram nesta terça-feira (16), requerimento pedindo a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Castro, para prestar depoimento no plenário da Casa. Segundo o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), opositores já combinaram com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se comprometeu a pôr o requerimento em votação na sessão plenária desta tarde.

Oficialmente, o requerimento pede a convocação de Marcelo Castro para prestar esclarecimentos sobre as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, zika e febre chikungunya. "Pela gravidade da situação em tela, além dos muitos outros focos divulgados diariamente pela grande imprensa, julgamos de fundamental importância e urgência a convocação do ministro da Saúde, a fim de prestar esclarecimentos perante o Plenário desta Casa", diz o documento.

Paulinho da Força admitiu, contudo, que a ideia é tentar constranger o ministro e, dessa forma, inibi-lo a deixar o cargo temporariamente para apoiar a recondução de Leonardo Picciani (RJ) à liderança do PMDB na Casa. Picciani é o candidato preferido do Planalto e concorre com Hugo Motta (PB), apoiado pela ala pró-impeachment. "Vamos pedir para ele explicar como, diante dessa crise toda, ele sai para vir votar na liderança do PMDB", afirmou o presidente do Solidariedade.

Como mostrou ontem o jornal O Estado de S.Paulo, a provável licença de Marcelo Castro coloca em risco sua permanência no cargo. A presidente Dilma Rousseff liberou o ministro para retomar o mandato de deputado e apoiar Picciani na eleição prevista para esta quarta-feira, 17, mas deixou claro que a decisão será dele e que, por ela, "isso não ocorreria". Apesar das especulações, o ministro ainda não confirmou se pedirá exoneração temporária pra apoiar Picciani.

A ideia do requerimento foi do líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Além dele e de Paulinho da Força, assinam o pedido os líderes do PSDB, Antônio Imbassahy (BA); do Solidariedade, Arthur Oliveira Maia (BA); do PPS, Rubens Bueno (PR); e da minoria, Miguel Haddad (PSDB-SP). "Já combinamos com Eduardo (Cunha) de votar o requerimento hoje", disse Paulinho da Força.

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