PF indicia ministro do Turismo por esquema de candidaturas laranjas em Minas

Da Redação*
04/10/2019 às 11:26.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:04
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

(Valter Campanato/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) indiciou o ministro Marcelo Álvaro Antônio, do Turismo, no inquérito da Operação Sufrágio Ostentação - investigação sobre suposto desvio de recursos por meio de candidaturas femininas laranjas nas eleições 2018. Na ocasião, o mineiro Marcelo Álvaro ocupava o posto de presidente do PSL em Minas. A PF imputa ao ministro falsidade ideológica, associação criminosa e apropriação indébita. Ele nega irregularidades.

Segundo as investigações, o partido do presidente Jair Bolsonaro teria utilizado candidatas em disputas de fachada para acessar recursos de fundo eleitoral exclusivo para mulheres. Os investigadores atribuem ao ministro o papel de articulador do esquema de laranjas.

A PF já havia indiciado quatro ex-candidatas que teriam sido laranjas. O total de votos recebido pelas quatro foi próximo de 2.100. Elas ficaram em silêncio em audiência na PF, que as enquadrou por falsidade ideológica, aplicação irregular de verba e associação criminosa.

Em abril, o ministro do Turismo afirmou que as denúncias partiam de "fogo amigo" de dentro de seu próprio partido. O ministro negou ter patrocinado qualquer esquema de candidaturas irregulares. Na época, disse também que "em breve" as investigações iriam provar que ele "nunca patrocinou nenhum tipo de esquema em Minas'. "Como Deus é o justo juiz, vamos provar nossa total isenção, nossa total inocência", afirmou.

Procurado pela reportagem do Hoje em Dia, o ministro Marcelo Álvaro disse que ainda não foi notificado oficialmente da decisão, "mas reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada". 

Além disso, o Marcelo Álvaro reafirmou que está sendo alvo de uma campanha difamatória e mentirosa. "O ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018. Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência", declarou em nota, enviada pela pasta.

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