Polícia indicia Dr Jairinho e Monique pela morte do menino Henry

Agência Brasil
04/05/2021 às 14:09.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:50
Ele é acusado da morte do menino Henry Borel
 (Tânia Rego/Agência Brasil)

Ele é acusado da morte do menino Henry Borel (Tânia Rego/Agência Brasil)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio duplamente qualificado, impossibilidade de defesa da vítima e pelo emprego de tortura o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr Jairinho (sem partido), e a professora Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry Borel, de 4 anos. Laudo do Instituto Médico-Legal (IML) revelou que o menino, morto em 8 de março, sofreu 23 lesões, três delas na cabeça. Ele morreu devido a uma hemorragia no fígado provocada por ação violenta.

Além do homicídio, Jairinho também foi indiciado por dois episódios de crime de tortura ocorridos em fevereiro e Monique, por omissão, porque, segundo as investigações, ela sabia que o filho estava sendo torturado e não agiu para evitar o crime.Tânia Rego/Agência Brasil / N/A

Além do homicídio, Jairinho também foi indiciado por dois episódios de crime de tortura ocorridos em fevereiro

O inquérito foi enviado para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro que vai decidir se denuncia ou não o casal pelos crimes.

Nova versão

Durante seu depoimento à polícia, Monique disse que Henry tinha caído da cama. Depois, em cartas escritas na prisão, ela mudou sua versão e disse que mentiu porque tinha medo de Jairinho e afirmou ter sido manipulada. A defesa quer que a polícia tome novo depoimento da professora.

“Sobre o argumento da defesa de calar a Monique, isso é absolutamente descabido. Ela foi ouvida por horas. Por lei, ela terá oportunidades para se manifestar em juízo: na presença de seus advogados, promotor de justiça e juiz de direito. A única pessoa que foi calada nessa situação toda foi o Henry. Ele foi calado. Ele pediu ajuda e não foi ouvido. Ela teve oportunidade de se manifestar”, disse nesta terça-feira (4) o titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), delegado Henrique Damasceno, que conduziu as investigações.

Defesa

A defesa de Jairinho disse que houve muito açodamento para a conclusão do inquérito e que não há dúvida de que a mesma celeridade ocorrerá da parte do Ministério Público. “Esta pressa não é aconselhável em um processo de alta complexidade. A pressão da opinião publica não pode interferir sob pena do cometimento de erros graves”, informou a defesa.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Monique Medeiros e aguarda posicionamento.

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