PT avalia como funcionar sem a presença de Lula

Estadão Conteúdo
11/04/2018 às 08:33.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:17
 (Agência Brasil)

(Agência Brasil)

O PT começa a enfrentar as primeiras dificuldades práticas em função da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O partido procura soluções para que Lula possa, de Curitiba, onde cumpre pena, avalizar pontos do programa de governo para as eleições presidenciais que está sendo elaborado em São Paulo.

De acordo com petistas, até a próxima segunda-feira, dia 16, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, coordenador do programa de governo, e a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), devem se reunir para traçar a estratégia de comunicação das propostas.

Poucas horas antes de se entregar à Polícia Federal, no sábado, 7, Lula reuniu líderes petistas e de movimentos sociais que estavam na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, e comunicou que durante sua ausência Gleisi será sua porta-voz para assuntos referentes ao PT. A força dada a Gleisi, no entanto, foi insuficiente, já que o próprio Lula quer dar a palavra final sobre as decisões envolvendo o programa de governo.

Uma saída cogitada pelos petistas é incluir a senadora e o ex-prefeito na defesa de Lula. Ambos são advogados e assim teriam acesso irrestrito ao ex-presidente sem correr o risco de depender de decisões judiciais para entrar na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

Resolução

Na segunda-feira, 9, a executiva nacional do PT aprovou uma resolução na qual confirma que Gleisi será a porta-voz de Lula e diz que as negociações com outros partidos com vistas a alianças eleitorais serão decididas pela direção partidária.

"Caberá à direção nacional do PT fazer as articulações com outros partidos, que serão conduzidas pela presidenta Gleisi Hoffmann, designada por Lula como sua porta-voz política até que ele recupere a liberdade", diz a nota.

Petistas interpretaram o trecho como um sinal de que o partido quer excluir Haddad das conversas com outros partidos. O ex-prefeito vinha cumprindo essa função, a pedido de Lula, mas as articulações esfriaram depois da condenação do ex-presidente pelo TRF-4, em janeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Leia mais:
Transferência de Lula só pode ser autorizada na Justiça, diz Jungmann
Barrados na visita a Lula, governadores deixam 'registro de indignação'
Juíza nega visita de governadores a Lula
 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por