Zema volta a apontar falta de 'orientação nacional' no combate à pandemia

Evaldo Magalhães
portal@hojeemdia.com.br
23/06/2020 às 15:53.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:51
 (Reprodução/ Facebook)

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O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), voltou a deixar de lado, nesta terça-feira (23), a postura de manter-se alheio a críticas feitas por colegas de outros estados e a quaisquer crises relacionadas ao governo federal. Em entrevista à emissora de TV por assinatura Globo News, pela manhã, Zema, que tem dito preferir focar as atenções na gestão de Minas, apontou, a exemplo que havia feito recentemente em conversa ao vivo trasmitida por um portal noticioso nacional, possíveis falhas na condução das ações contra a pandemia da Covid-19, por parte do poder central, em Brasília. Isso explicaria, segundo ele, diferentes desempenhos dos estados na obtenção de resultados de políticas públicas ligadas à doença.

"Deveríamos ter tido, desde o início da pandemia, um plano macro, uma orientação nacional. De certa maneira, o Ministério da Saúde fez algo, mas não algo que orientasse de forma mais incisiva estados e municípios", afirmou Zema. "E, com isso, acabamos tendo, como observamos nos últimos 90 dias, situações muito distintas. Alguns estados entrando em colapso e outros com desempenho muito melhor. Talvez essa falta de orientação central pudesse ter evitado discrepância. Mas agora já não é mais momento, pois pandemia está em estágio bem avançado", completou.

Conforme boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, Minas tinha, até esta terça-feira, cerca de 30 mil casos confirmados da Covid-19 e 720 mortes. Na entrevista à emissora de TV por assinatura, Romeu Zema voltou a destacar - a exemplo que fez reiteradas vezes, inclusive ao próprio Hoje em Dia, há menos de duas semanas - que a situação do Estado, no contexto brasileiro, é bem superior à média. Segundo ele, mesmo com o estado enfrentando risco real de estrangulamento do sistema de saúde em muitas cidades, apenas o Mato Grosso do Sul teria taxa de óbitos sobre 100 mil habitanntes inferior à de Minas.

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