Polícia Federal realiza busca e apreensão em empresa de assessor de Pimentel

Bruno Moreno e Ezequiel Fagundes
25/06/2015 às 12:22.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:38

A Policia Federal realizou buscas na manhã desta quinta-feira (25) no escritório da empresa de Alexandre Allan Prado, que é filho de Otílio Prado, assessor especial da Secretaria de Estado da Fazenda. Ele trabalha com o governador Fernando Pimentel (PT) há mais de dez anos. A ação faz parte da Operação Acrônimo, que investiga o uso de recursos públicos na campanha eleitoral de 2014.

A OPR Consultoria Imobiliária – Eireli fica na rua do Ouro, número 1488, sala 301, próximo ao prédio onde reside o governador, no bairro Serra, região Centro Sul. A OPR é o novo nome da empresa P21 Consultoria, da qual Pimentel era sócio. Otílio deixou o quadro de sócios da empresa em 2011, após denúncias de que ele prestava consultoria para a Prefeitura de Belo Horizonte, ao mesmo tempo em que ocupava um cargo no Executivo municipal.

Na governo do estado Otílio tem salário bruto de R$ 16.737,01, e participa de dos conselhos das empresas públicas MGS e MGI. A remuneração líquida é de R$ 18.631,76.

Operação

A Operação Acrônimo foi deflagrada no fim de maio, quando foram realizadas buscas na casa da primeira-dama de Minas e na sede de uma antiga empresa que pertencia a ela. Na semana passada, contudo, o caso chegou ao STJ diante de investigações que passaram a envolver a suposta participação do governador.

A apuração teve início em outubro de 2014, quando a PF apreendeu um avião que voava de Minas a Brasília com R$ 113 mil a bordo. Estava na aeronave o empresário Benedito Rodrigues, o Bené, que é próximo a Pimentel e possui empresas do setor gráfico. Bené chegou a ser preso na primeira fase da operação, mas deixou a cadeia após pagar fiança.

O advogado de Pimentel, Antônio de Almeida Castro, o Kakay, disse que esteve na semana passada com o ministro Herman Benjamin e pediu acesso ao inquérito.

O advogado disse que o governador se colocou à disposição para esclarecer dúvidas. A PF suspeita de atos ilícitos envolvendo a campanha de Pimentel ao governo do Estado. "As investigações têm de ser feitas e qualquer cidadão apoia, mas parece que está havendo competição de qual investigação é mais importante", reclamou Kakay.

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