A fama de Rosemary, ex-chefe do gabinete da presidência em SP

Amaury Ribeiro Jr. e Rodrigo Lopes - Do Hoje em Dia
11/12/2012 às 12:45.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:21
 (DENISE ANDRADE/ESTADÃO CONTEÚDO)

(DENISE ANDRADE/ESTADÃO CONTEÚDO)

No período em que ocupou a chefia do gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha soube como poucos construir a fama de pessoa de temperamento difícil e odiada. O ex-presidente Luiz Inácio Lula recebia reclamações de que Rose tratava mal os funcionários, chegando a gritar com subordinados em público.

Burro

Um deles descreveu um episódio em que ela teria pedido para faxineiros limparem mais de 10 vezes o chão do escritório até que ficasse realmente limpo. Esse mesmo funcionário também foi chamado de burro pela chefia.

Reclamação

Integrantes do corpo diplomático afirmam que a presença de Rosemary causava mal-estar dentro do Itamaraty. Oficiais
da Aeronáutica se preocupavam com o fato de que ela, por várias vezes, viajava no avião presidencial sem estar na lista oficial. Rose seguia em voos da equipe que chega antes do presidente para preparar sua chegada.

Presença

Nessas viagens, seguranças que guardavam a porta da suíte presidencial nas missões fora do Brasil registravam ao superior imediato a presença da assessora na suíte presidencial. O cerimonial elaborava roteiro e mapa dos aposentos de modo a permitir que o presidente não fosse incomodado.

Sem microfones

Rosemary era discreta e não gostava de contato com a imprensa. Em algumas festas e cerimônias, controlava a porta de salas vips, decidindo quem podia ou não entrar. Também se consultava com o médico de Lula e da presidente Dilma Rousseff, Roberto Kalil.

Relação

A influência exercida pela ex-chefe do escritório da Presidência no governo federal mostra uma longa relação de intimidade que ela manteve com Lula. Ela e o petista se conheceram em 1993, quando Rose entrou para o sindicato dos bancários.

Coisa antiga

O relacionamento dos dois começou ali, à época, ela foi incorporada à equipe da campanha de 94 ao lado de Clara Ant, hoje assessora pessoal do ex-presidente. Ficaria ali até se tornar secretária de José Dirceu, no próprio partido. Marisa Letícia, a mulher do ex-presidente, jamais escondeu que não gostava da assessora do marido.

Subida

Em 2006, por decisão do próprio Lula, foi promovida a chefe do gabinete e passou a ocupar a sala que foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal. Nesse papel de direção, Rose contava com três assessores e um motorista.

Efeitos

A venda aquecida de veículos novos após a redução do IPI começa a deixar compradores a pé. A falta de estrutura das montadoras para atender a demanda colocou nas ruas veículos com defeito. A Hyundai, que começou a fabricar o Tucson no Brasil, foi a líder de reclamação e, em seguida, a Volkswagen, com o Amarok. As concessionárias Pacific e Mila foram as que mais desagradaram seus clientes.

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