Indagado sobre a rápida reunião entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice Michel Temer (PMDB), o ministro Miguel Rossetto declarou nesta quinta-feira, dia (10), que caberá à história julgar o comportamento dos políticos. “Não interessa para o país amplificar as divergências e os conflitos. A história vai julgar o comportamento dos homens públicos. O vice-presidente Michel Temer, por duas vezes, jurou defender a Constituição Brasileira e a democracia no nosso país”, resumiu Rossetto, após participar de apresentação do Programa de Proteção ao Emprego para uma plateia com representantes de trabalhadores e empresários em Belo Horizonte.
O ministro petista associou o crescimento do desemprego à forte crise política e atacou duramente o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que na última terça-feira determinou a abertura do processo de afastamento da presidente Dilma por causa das chamadas pedaladas fiscais do governo. Para Rossetto, o clima de guerra política dificulta as agendas prioritárias do Planalto.
“Esta aventura irresponsável do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pautando o tema do impeachment sem a menor motivação, desorganiza a agenda política do país e deve ser rapidamente derrotada e substituída por uma agenda que interessa a sociedade brasileira. Esta é uma agenda irresponsável, que agride a democracia no país, que agride a soberania popular na medida que busca tirar a presidente eleita pela população”, criticou.
Durou cerca de 50 minutos o encontro de Dilma com Temer. Ficou acertado que eles terão apenas uma relação institucional. O peemedebista diz que ficará neutro sobre o processo de impeachment. Não vai estimular nem defender o afastamento da presidente.
Programa
Segundo o Ministério do Trabalho, 43 empresas aderiram ao Programa de Proteção ao Emprego e outros 57 pedidos ainda estão sendo analisados. Ainda conforme o ministério, quase 39 mil trabalhadores já foram beneficiados com o investimento de cerca de R$ 166 milhões. Em Minas, sete empresas fazem parte do programa.