Anna Paola Frade Pimenta da Veiga tem jornada diária de trabalho de 12 horas pela eleição do marido

Amália Goulart - Hoje em Dia
15/09/2014 às 07:17.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:12
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

Ela acorda todos os dias às 6h da manhã para tomar banho e fazer a própria escova. Apesar de esbelta, disse que, neste momento, a última preocupação tem sido com a alimentação. Está sempre impecável. E sempre muito bem vestida. A bolsa importada mostra o gosto refinado. Mesma preferência é impressa em seu último trabalho: a confecção e produção da revista ANNA, distribuída em setembro de 2013 em condomínio de luxo em Brasília.    Foi neste período que Anna Paola Frade Pimenta da Veiga teve que terminar o trabalho, às pressas, para voltar a Belo Horizonte, onde seu marido, Pimenta da Veiga (PSDB), encarnaria o desafio de disputar o governo de Minas Gerais.    Anna trabalha na campanha do marido mais de 12 horas por dia. “Parece que ela nunca dorme”, confidencia a assessora. Ela utiliza do trabalho de profissional em jornalismo para ajudar no trabalho na campanha.   Anna tem uma sala no comitê central, local onde atendeu a equipe do Hoje em Dia para uma entrevista.    O jornal mostra, hoje, aos leitores quem são as postulantes à primeira dama em Minas. A esposa do candidato Fernando Pimentel, Carolina de Oliveira Pereira, não quis ser entrevistada.   Anna é jornalista, tem 48 anos, e é casada há 25 anos – o aniversário de casamento está chegando, lembra ela – com Pimenta da Veiga, que tem 67 anos. É a segunda esposa do tucano. Ela deixa claro que o “o” do Paola é pronunciado como “u”. “O meu nome é italiano”, justifica.   Anna tem agenda de candidato – paralela à do marido. Bem-humorada, de voz firme, ela caminha pelos corredores do comitê cumprimentando da faxineira aos coordenadores setoriais da campanha.   Diz que, caso o marido seja eleito, pretende presidir o Servas, o serviço voluntário social mineiro. Anna pretende dedicar-se ao trabalho social, pois, segundo ela, quer humanizar o governo.     Minientrevista   Fale sobre você. Tenho 48 anos, sou mineira, trabalhei no Hoje em Dia, tinha minha coluna social. Meu pai foi jornalista, Wilson Frade. Minha vida é a área de comunicação. Eu não me formei. Mas, toda a minha vida atuei na área de comunicação. Sou mineira mesmo. Foi aqui que eu cresci. Minha história de vida está aqui. Fui para Brasília. Meu marido foi deputado, ministro de Estado. Tive uma vida em Brasília fantástica. Vinha para cá, várias vezes. Minha família está aqui, meu irmão, avó, primos, meus amigos todos.    Você parou de trabalhar? Quando voltei para Brasília tive que parar com tudo. Quando ele foi ministro. E, depois, quando ele parou com a vida pública, eu voltei para a área de comunicação. Até meu último trabalho, que é a revista Anna.   Antes de ser candidato, você estava trabalhando? Antes, quando Aécio buscou o Pimenta em Brasília, estava no meio de um trabalho. Finalizei. Tive que vir para cá, voltei para lá e terminei. Foi essa confusão toda. Eu vinha para cá, voltava para lá para finalizar. E foi um sucesso.    E como está a vida aqui em Belo Horizonte? A minha vida é uma correria. Mas, levantar todos os dias em minha cidade...Vir visitando é uma coisa, mas morar aqui, acordar aqui todos os dias é tão bom. É diferente. É muito gostoso. É um resgate de vida muito bom.    O que você faz na campanha? A minha agenda não é uma agenda colocada na do Pimenta. É uma agenda independente. Acho que foi até um trabalho conquistado. Onde pude mostrar minha vontade de fazer alguma coisa. Eu acompanho meu marido nesta vida que ele escolheu. E, para eu acompanhá-lo, preciso de ter uma função, um papel. Meu papel é um papel social. Para isso, eu quis ir para as ruas. Ver as necessidades das pessoas.   Você tem dois filhos? Tenho dois filhos. O João, que é antropólogo, tem 23 anos, quer seguir a carreira acadêmica, dar aula, pesquisa. E o Pedro que tem 20 e é o vice-presidente da Juventude Nacional (do PSDB).    O Pedro é quem está em todas as agendas? O Pedro é quem está em todas as agendas com o pai. Ama política. Faz Direito, na Milton Campos. Eu falo que não tenho dois filhos. Tenho quatro. O Pimenta tem um casal: Isadora e Juliano. Sou madrinha de duas das netas do Pimenta. E me chamam de vovó. Minha família não é só o Pedro e o João. É a nossa família.    E como está a vida familiar nesta campanha? Tenho um propósito. Meu marido também. O propósito é ganhar esta eleição. Eu vejo ele rapidamente. Mas, quando nós nos vemos, à noite, é uma integração absoluta. Mas, a família, neste momento, fica prejudicada.   Você faz alguma atividade física? Hoje não tenho tempo de fazer atividade nenhuma.    Onde você mantém o bronzeado? Sou pretinha. Tenho um filho, que se entrarem no Facebook vão ver o João pretinho. Moreno, lindo. É uma cor de jambo. Eu falo que isso é próprio do povo do Vale do Mucuri. Porque minha mãe é de lá.    Por que você acha que os mineiros tem que escolher seu marido? Porque é o melhor candidato. Primeiro, é o homem mais preparado para assumir este papel. É um homem de bem. É correto. Sabe o que quer. Vai dedicar a vida dele a estes mineiros e a este Estado. O Pimenta da Veiga é um estadista. Ele entrou na vida pública porque ele tem um ideal. O ideal dele é fazer um governo exemplar, dando condições a este povo de ter uma vida melhor, digna, minimizando o sofrimento das pessoas, fazer este Estado crescer mais ainda.    Se ele ganhar, qual será seu papel? Meu papel no governo, primeiro, será dar suporte ao meu marido, tranquilidade. Segundo, tenho um propósito: assumir a presidência do Servas, que não é brincadeira, é muita responsabilidade. Quero manter tudo o que for importante, mas também quero dar a minha cara. Fazer o que acredito. Inovar, se puder. Meu propósito é desenvolver um trabalho social maravilhoso, se eu puder.

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