As fraudes no Norte de Minas não param

Amália Goulart - Do Hoje em Dia
28/12/2012 às 08:38.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:06
 (Dione Afonso)

(Dione Afonso)

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (27), a segunda fase da operação “Máscara da Sanidade”, que desvendou esquema de desvio de dinheiro público, por meio de fraude em licitações, em cerca 35 prefeituras do Norte de Minas.
 
Na operação, denominada “Recidiva”, os federais prenderam o engenheiro de Olhos D’Água Edilson Renato Caldeira e conseguiu a expedição de mandados de prisão para três empresários. Porém, eles já estavam detidos em virtude da primeira fase das investigações.
 
A PF comprovou o desvio de R$ 2,5 milhões em recursos públicos oriundos de sete cidades. Elas fazem parte da lista de 35 investigadas na “Máscaras da Sanidade”. Em Olhos D’Água, por exemplo, empresas de propriedade de Evandro Garcia eram responsáveis por direcionar as licitações para prestação de serviços de limpeza urbana e pavimentação.
 
“A licitação era direcionada para a Norte Vale. Os serviços para os quais a empresa era contratada não eram executados por ela, mas pelos municípios. Quando ela executava alguma coisa, não estava de acordo com a licitação”, explicou o delegado Tiago Garcia Amorim. O modus operandi era o mesmo para os demais municípios investigados.
 
Desdobramentos
 

De acordo com o delegado, a PF começou a analisar as fraudes de cada prefeitura. Por isso, podem haver mais desdobramentos. Funcionários públicos dos municípios, incluindo prefeitos, são investigados.
 
O primeiro resultado das análises foi divulgado nesta quinta-feira. Laudos periciais mostram a execução da fraude em sete municípios. Além de Olhos D´Água, estão na lista Pai Pedro, Porteirinha, Bonito de Minas, Guaraciama, Coração de Jesus e São João da Ponte.
 
Outro lado
 
O Hoje em Dia não conseguiu contato com a prefeitura de Olhos D’Água nesta quinta-feira. Os telefones fixos não atenderam e o celular do prefeito estava desligado. A administração também não respondeu e-mail encaminhado.
 
Na prefeitura de Pai Pedro, a informação foi a de que as pessoas que poderiam responder às denúncias não se encontravam. Os demais municípios não responderam às demandas para que se posicionassem sobre o caso.
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