Até pesquisa na internet ajuda na definição do programa de governo

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
31/07/2014 às 08:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:35
 (Montagem/Marcelo Prates/Arquivo/Luiz Costa)

(Montagem/Marcelo Prates/Arquivo/Luiz Costa)

O programa de governo do candidato ao Palácio Tiradentes pelo PSB, Tarcísio Delgado, copia as diretrizes do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e usa dados sobre a situação do Estado colhidos na internet.    “Não há nada que o Google não informe. Nesse tempo de redes sociais, quando não há uma fonte direta, pesquisamos na internet”, afirmou Delgado, em entrevista ao Hoje em Dia. “Nosso grupo de trabalho adapta para Minas Gerais as linhas Gerais das ideias do programa de Campos”, acrescentou.    Segundo o socialista, a equipe responsável por formatar o documento “conhece há muito tempo” o processo e ele participa ativamente. O grupo de trabalho, ainda de acordo com Tarcísio, é formado por professores universitários, ex-prefeitos e conselheiros políticos. “Temos reuniões diárias e minha participação é intensa. Estamos conversando com muita gente, principalmente experientes em cada área temática”.   No PT do candidato ao governo Fernando Pimentel, fala-se, nos bastidores, que há dificuldade para se obter dados oficiais do governo, mas optou-se por buscar os dados nas Fundações João Pinheiro (FJP) e Getúlio Vargas (FGV).   De acordo com o coordenador do programa de governo de Pimentel, Marco Aurélio Crocco, os dados estaduais ‘não públicos’ não são encontrados no site Minas Presta Contas. “Informações sobre programas de governo deste ano a gente não consegue lá. Aí vai da estratégia de cada área, de buscar relatórios antigos ou outras alternativas”, diz.   Ele conta ainda que o candidato petista participa de várias das reuniões quinzenas com cada área temática, além das de repasse com a coordenação do programa. “O principal é o ‘Ouvir para governar’. A gente procurar escutar a expertise das universidades, movimentos sociais, população nas Caravanas e ex-gestores públicos”, completa.  No ninho tucano, a equipe do candidato Pimenta da Veiga informa que usa dados “de fontes públicas e extraídos de publicações científicas que ajudam no diagnóstico e na formulação das propostas”, e que o candidato também participa ativamente.   Sob o comando do ex-ministro Paulo Paiva e do secretário-executivo Thiago Bregunci, um dos desafios da equipe é, a partir das sugestões coletadas, verificar a viabilidade e como elas podem ser efetivamente implantadas pelo governo.     Candidatos buscam propostas de eleitores   Se um dos pontos em comum dos candidatos ao Executivo é a abertura para a sugestão popular na definição do programa de governo, seja por redes sociais, canais de participação ou nas viagens pelo interior do Estado, o maior representante entre os partidos chamados de ‘nanicos’, Fidélis Alcântara (PSOL), aposta na ‘constância’ do trabalho social feito por seu partido.   “Não tratamos a campanha e o programa de governo como produtos. Elaboramos a nossa plataforma ao longo do ano, com os seminários programáticos e colaboração da militância, não só no período eleitoral”, comenta Fidélis. Prova disso, de acordo com o candidato e ativista dos movimentos dos Atingidos pela Copa (Copac) e do ‘Fora, Lacerda’, por exemplo, é a ausência de setores de marketing e comunicação na equipe.   “Não trabalhamos assim. É muito importante dizer que nosso plano de governo não é feito por equipe, mas sim, escutando os servidores estaduais e os usuários de serviços públicos, no diálogo constante”, completa. Se no PSOL não há a divisão hierárquica da equipe, nas campanhas do PSDB quanto PT e PMDB, há integração entre a equipe que cuida do plano de governo e as áreas de comunicação e marketing e a ideia de aprofundar os programas depois que se iniciar os programas gratuitos na TV e no rádio.   Conforme a campanha de Pimenta da Veiga, o trabalho de elaboração das propostas é uma “rede aberta e ampla de colaboração”. Já o PT comentou que o programa vai ser atualizado no site, mesmo depois da entrega da proposta impressa, no início de agosto. “Vai ter dinâmica durante toda a campanha. Vamos fazer as atualizações no site do candidato”, afirma o coordenador Marco Aurélio Crocco.   No PMDB, o candidato Tarcísio Delgado fala que o grupo de trabalho “está sempre conversando”.

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