Avaliação negativa do governo Dilma pode aumentar mais, diz CNI

Estadão Conteúdo
01/07/2015 às 12:00.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:43

O gerente de Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato Fonseca, afirmou nesta quarta-feira, 1, que a avaliação negativa do governo da presidente Dilma Rousseff - que alcançou 68% e bateu recorde em 29 anos da série histórica da pesquisa Ibope - pode aumentar ainda mais em futuros levantamentos. Segundo ele, a atual avaliação do governo está atrelada ao desempenho da economia e ao quadro político adverso.

O Broadcast Político questionou Fonseca se a presidente havia chegado ao "fundo do poço". "É possível cair mais, é possível, é possível também ficar estável", afirmou o gerente da CNI. A pesquisa foi a campo antes da divulgação de trechos da delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, que citou dois ministros palacianos, e não capta a piora de expectativa sobre a crise econômica com a divulgação em breve de indicadores dos seis primeiros meses do ano.

Segundo Fonseca, o quadro econômico não é muito favorável e o que chama atenção é o fato de que a população mais jovem - que não conviveu com a hiperinflação da década de 80 - está sentindo pela primeira vez os efeitos do aumento do desemprego e da subida de preços.

Para Fonseca, é preciso combater rapidamente a inflação para que o governo retome a confiança da população e recupere sua popularidade. Ele lembrou que o pacote de ajuste fiscal está acirrando a crise e, dessa forma, a percepção negativa da população só aumenta.

O gerente da CNI disse que "talvez" no final do governo Sarney tenha ocorrido uma conjugação de quadros adversos na política e na economia como o que atravessa atualmente Dilma.
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