Bolsonaro fica irritado com Mourão e diz que seu vice desconhece a Constituição

Da Redação*
27/09/2018 às 15:01.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:40
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil)

(Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil)

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro usou o Twitter nesta quinta-feira (27) para comentar as declarações do vice na sua chapa, general da reserva Hamilton Mourão, que criticou o pagamento do décimo terceiro salário e de adicional de férias. Bolsonaro se posicionou contra o general e orientou aliados a defender as garantias trabalhistas. 

Na mensagem, Bolsonaro sugeriu ainda que Mourão não conhece as regras constitucionais. "O 13º salário do trabalhador está previsto no art. 7º da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (Não passível de ser suprimido sequer por Proposta de Emenda à Constituição)", escreveu. "Criticá-lo, além de ser ofensa a quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição", acrescentou.

O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição.— Jair Bolsonaro 1️⃣7️⃣ (@jairbolsonaro) 27 de setembro de 2018


Nas primeiras conversas com pessoas próximas sobre esse episódio, Bolsonaro voltou a defender que Mourão evite participações em eventos públicos. Na semana passada, o candidato a vice já tinha sido orientado a suspender sua agenda após dar outras declarações polêmicas.

Mais cedo, em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, Mourão afirmou que o 13º salário e o pagamento de adicional de férias são "jabuticabas", ou seja, só ocorrem no Brasil. "Temos umas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário", disse. "Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Como a gente arrecada 12 (meses) e pagamos 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais", completou. "São coisas nossas, a legislação que está aí. A visão dita social com o chapéu dos outros e não do governo", reforçou o vice de Bolsonaro.

* Com Estadão Conteúdo

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