Câmara de Belo Horizonte inicia caça aos "funcionários fantasmas"

Lucca Figueiredo - Hoje em Dia
26/03/2013 às 07:50.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:15
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

Está aberta a temporada de “caça aos fantasmas” na Câmara Municipal de Belo Horizonte. O secretário-geral da Casa, vereador Leonardo Mattos (PV), determinou um “pente-fino” nos contratos e no ponto eletrônico dos funcionários, principalmente os terceirizados. Desde a semana passada, servidores da Secretaria Geral percorrem os setores para fazer o levantamento sobre a presença e a lista dos terceirizados de cada área.

Um segurança da Casa foi deslocado para acompanhar os trabalhos. Após a conclusão dessa etapa, todos os dados serão cruzados. Ainda não há um prazo para término do levantamento. Cerca de 300 pessoas trabalham como contratadas na Câmara.

Até agora, foram fiscalizados contratos e a presença de servidores que trabalham no cerimonial da Casa, seguranças e recepcionistas. Faltam ainda servidores dos gabinetes, entre outros setores.

Outro ponto que será analisado é a ligação dos funcionários com vereadores para ver quem possui mais indicações entre os parlamentares. A escolha de estagiários também será analisada.

“Queremos saber quais são os valores gastos com os contratos terceirizados para dar maior transparência e fazer a correção caso haja alguma irregularidade”, afirmou Leonardo Mattos.

O vereador pretende avaliar a situação dos trabalhadores que foram cedidos pela prefeitura para os gabinetes. Cada parlamentar tem direito até dois trabalhadores vinculados ao Executivo, mas alguns estariam descumprindo a lei.

Rigor

Procurado, o presidente da Câmara de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSDB), disse que não foi informado do levantamento que está sendo feito por Leonardo Mattos, mas mostrou tranquilidade em relação ao tema.

“Não acredito que haja alguma irregularidade. Aqui na Câmara temos o ponto eletrônico e isso dificulta a ação de pessoas que não têm compromisso. Além disso, acompanhamos de perto e com muito rigor a atuação dos trabalhadores”, afirmou.

O presidente admitiu que há dois anos teve problemas com dois supostos funcionários fantasmas na Câmara. “Mandei investigar o caso imediatamente. Esse tipo de coisa não pode acontecer aqui”, disse.

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