Câmara Municipal de BH quer encerrar em 20 dias o caso do pianista

Lucca Figueiredo - Hoje em Dia
22/05/2013 às 07:29.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:54

O corregedor da Câmara, vereador Autair Gomes (PSC), espera concluir em até 20 dias a investigação sobre quem foi o responsável por registrar a presença do vereador Pablito (PSDB) no plenário nas três primeiras reuniões deste mês.
 
Hoje ele irá colher o segundo depoimento dos suspeitos de envolvimento com o caso. O vereador Juliano Lopes (PSDC), que marcou presença no mesmo terminal e em horários parecidos com os de Pablito, é quem vai prestar esclarecimentos.

Desde o início da polêmica, denunciada com exclusividade pelo Hoje em Dia, Juliano Lopes é apontado por colegas como principal suspeito de envolvimento. Ele chegou a ser ouvido por integrantes da Mesa Diretora e negou participação. Na oportunidade, o parlamentar colocou à disposição o sigilo telefônico dele.

Até agora, somente Pablito foi ouvido por Autair Gomes e voltou a negar envolvimento com o caso. A falta de imagens que possam comprovar o responsável por marcar a presença do tucano ainda é a principal dificuldade para elucidar o caso.

Mistério

Procurado, Autair Gomes disse que espera desvendar o mistério. “Vamos ouvir outras pessoas, entre vereadores e servidores da Casa”, afirmou. Entre os que serão convocados está o segundo vice-presidente da Câmara, vereador Orlei (PTdoB), que presidiu as sessões.

Na última terça-feira (21), a reportagem tentou um contato com Juliano Lopes, mas a assessoria de imprensa dele informou que o político não irá comentar o assunto até o fechamento das apurações na Câmara.

Sem prazo

Paralelamente à discussão, o Ministério Público segue de olho no caso. Desde a semana passada o promotor Marcelo Mattar tenta colher informações. Ao contrário da Câmara, no MP não há um prazo estabelecido para a conclusão do inquérito.

Até o momento, a única certeza é a de que não houve falha no painel do plenário, o que reforça a presença de um “pianista” entre os vereadores. Em outra oportunidade, o presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB) confirmou a situação. Por conta do impasse, até a Polícia Civil poderá ser convocada para elucidar o caso.

O escândalo envolvendo Pablito aconteceu nos dias 2, 3 e 6 de maio. Nas três sessões, ele teve a presença registrada no plenário. Só que ele estava em uma viagem particular para os Estados Unidos.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por