Café da Câmara de BH é servido com grãos de areia

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
22/11/2013 às 08:11.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:18
 (André Brant)

(André Brant)

A Vigilância Sanitária irá apurar a presença de substâncias semelhantes a areia e de outros ‘corpos estranhos’ no cafezinho servido na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Na última terça-feira, copeiros da Casa identificaram o caso e o fornecimento da bebida foi suspenso.

Nesta sexta, durante a primeira das cinco sessões extraordinárias da CMBH do mês, previstas inclusive para este fim de semana, a falta do café chamou mais atenção nos corredores do que a pauta extensa – de nove vetos do prefeito Marcio Lacerda (PSB) e 22 projetos de lei.

De acordo com a assessoria de comunicação da CMBH, houve uma “falha no fornecimento” do café Flor das Gerais, entregue pela distribuidora Sady Tempony Godinho, que venceu o pregão presencial do tipo menor preço. Nessa licitação, foram contratados 7.080 pacotes de meio quilo, a pouco mais de R$ 35 mil.

Runião

Depois de o presidente Léo Burguês (PTdoB) ter convocado, na última quarta-feira, cinco reuniões extras para limpar a pauta da Casa, até então trancada pelo veto do prefeito ao projeto de Bim da Ambulância (PTN), o próprio Burguês não compareceu ao plenário. Segundo a assessoria da Casa, ele cumpriu “agenda externa”.

Mandato

Paralelo a isso, o primeiro suplente do PSDB, antigo partido do presidente da CMBH, ‘Reinaldinho’ Oliveira Batista, protocolou na Justiça Eleitoral requerimento pedindo o mandato dos ex-tucanos Burguês e Pablito (PV), que também não compareceu à sessão.

No plenário, foram analisados apenas oito vetos da pauta, que foram mantidos em meio a um ‘jogo’ entre a bancada do PT e a base de governo. O líder da bancada petista, Pedro Patrus, negou a ‘catimba’. “Estamos discutindo questões importantes para a cidade. O PT soube das extraordinárias depois da publicação. A Mesa da CMBH é o retrato da Prefeitura: não dialoga”, afirmou. Um aliado do Executivo, no entanto, disse que o PT “encheu linguiça”. “É a falta de experiência da turma”, comentou.
 

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