Campos nega em entrevista na TV favorecimento a parentes

Agência Estado
12/08/2014 às 22:00.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:46
 (TV Globo / Reprodução)

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O candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) disse não ver problema em ter feito campanha para sua mãe, Ana Arraes, ser eleita ministra do Tribunal de Contas da União (TCU). "Ela disputou a eleição com vários deputados, foi a única mulher que ganhou no voto e tem feito um trabalho que todos reconhecem como digno e com méritos", disse nesta terça-feira em entrevista ao Jornal Nacional.

Questionado se teria dado um bom exemplo, usando seu empenho enquanto governador de Pernambuco para eleger a mãe a um cargo público e vitalício, Campos disse não ver "nada de errado" em sua postura. "Se fosse outra pessoa (do meu partido) eu também teria apoiado", argumentou.

Campos foi perguntado ainda sobre os primos de sua esposa Renata Campos, Marcos Loreto e João Campos, que foram indicados para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), órgão responsável por fiscalizar as contas de seu governo em Pernambuco. O candidato argumentou não ser um caso de nepotismo pois essas indicações são feitas pela Assembleia Legislativa e não pelo Executivo. Afirmou também ter sido o primeiro governador a aprovar uma lei antinepotismo.

O pessebista, após essas questões, disse ser favorável a uma reforma constitucional para acabar com cargos vitalícios na Justiça. "É coisa que já existe em outros países de maneira a oxigenar os tribunais e evitar escolhas pessoais." Campos lembrou que em breve devem ser abertas cinco vagas no Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu que o governo trabalhe em parceria com uma "espécie de comitê de busca" para encontrar quadros de carreira qualificados para exercer as funções.

Vice

Campos afirmou que sua vice Marina Silva "não tem nada contra" o agronegócio, a indústria ou o desenvolvimento econômico. Em entrevista ao Jornal Nacional, o candidato repetiu seu discurso de que as contradições entre sustentabilidade e desenvolvimento são do século passado. "Hoje todo mundo bota numa equação só", disse, ao defender uma postura de desenvolvimento com respeito ao meio ambiente e à inclusão.

Questionado especificamente sobre o Código Florestal, que foi apoiado por seu partido e duramente criticado pelo grupo político de Marina, Campos disse que a aliança dele com a vice é de pensamentos, de programa, não uma aliança de "personalidades". E ressalvou: "Nesse caso em particular, eu defendi as posições de Marina." Campos lembrou que a base do PSB ficou "rachada" na votação do código e disse que, na ocasião, foi "solidário" ao discurso de sua companheira de chapa.
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