Com oposição dividindo tempo, Dilma pode reinar no rádio e TV

Amália Goulart - Hoje em Dia
15/12/2013 às 07:20.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:48
 (Abr)

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Quase unanimidade no meio político, a máxima de que eleição só começa com o horário eleitoral gratuito garantirá à presidente Dilma Rousseff (PT), por enquanto, o triplo de minutos no tão disputado tempo disponibilizado aos candidatos à Presidência da República. As últimas movimentações políticas colocaram no centro dos debates e na mesa de negociação dos partidos a cronometragem dos minutos e segundos a que cada aspirante terá, quando começar a exposição eleitoral na TV e no rádio.    Neste contexto, o cenário não é dos mais claros para o candidato da oposição, senador Aécio Neves (PSDB). Com a indicação do PPS, de que poderá apoiar a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao Palácio do Planalto, lá se foi mais uma legenda que poderia aderir ao projeto tucano.   A alternativa encontrada pelo senador é tentar a neutralidade de ao menos três legendas que gravitam na órbita do governo federal na tentativa de impedi-las de levar os minutos ao PT de Dilma. Os tucanos também esperam pautar o discurso no fraco desempenho da economia e em erros que podem surgir na organização da Copa do Mundo.    Distribuição   O Hoje em Dia simulou a distribuição dos 25 minutos no horário eleitoral gratuito. Se conseguir aliança apenas com o DEM, o PSDB terá quase quatro minutos. Os tucanos têm cerca de um minuto e 51 segundos e os democratas quase um minuto.   Eles contarão ainda com o tempo dividido igualmente entre as candidaturas oriundo das legendas que não terão candidatos. Dos 25 minutos, dois terços são divididos conforme a bancada federal eleita nas últimas eleições. O tempo dos partidos que não estão em coligações é dividido igualmente entre os candidatos.    O PT e o PMDB, juntos, têm cerca de cinco minutos e 37 segundos. Mas este tempo deve mais que dobrar devido à inclusão das legendas que hoje compõem o governo. Apenas o PSD tem quase dois minutos, o mesmo tempo do PSDB.    “Dependendo do número de candidatos teríamos cerca de quatro minutos para Aécio e a Dilma teria o triplo (até doze minutos). É muito desigual. Eduardo Campos ficaria com um minuto e meio ou dois”, contabilizou o presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana.   Campos conta com o tempo de seu partido, o PSB, e com a possibilidade de apoio do PPS.    O horário eleitoral gratuito começa no 2º semestre de 2014, quando os candidatos podem apresentar suas propostas. A aposta do grupo político do senador Aécio Neves é justamente que o período de aparição na TV equilibre a disputa já que, hoje, a presidente Dilma Rousseff tem muito mais visibilidade no país. 

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