Depois de o governador eleito em Minas, Fernando Pimentel (PT), ter criticado a falta de acesso aos dados financeiros do Estado, em reunião com empresários na segunda-feira (24), um clima de tensão é esperado para a última reunião da comissão de transição, marcada para sexta-feira (28).

De acordo com o coordenador da equipe, o advogado Marco Antônio Rezende Teixeira, mais grave do que a falta de detalhes sobre as contas do governo, são as questões em debate hoje na Assembleia Legislativa.

“A gente espera que haja um custo menor de tempo. Estamos nas mãos do Estado. O que mais chama a atenção, agora, são as isenções de ICMS e as questões salariais no Legislativo. Como poderemos discutir o assunto sem informação?”, disse, o coordenador da equipe. Na reunião de sexta-feira, serão repassados os dados das secretarias de Fazenda e de Planejamento e Gestão (Seplag).

O plenário da Assembleia recebeu, no início deste mês, mensagem do governador Alberto Pinto Coelho (PP) encaminhando o projeto de lei (PL) 5.592/14, que determina revisão geral de 4,62% na remuneração dos servidores ativos e inativos do Executivo com direito à paridade, retroativa a outubro do ano corrente.

Outra matéria encaminhada pelo Executivo é a concessão de Regime Especial de Tributação em ICMS para o setor de instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária.

ENTENDA

Conforme publicado pelo Hoje em Dia na segunda-feira (24), a comissão de transição já recebeu muitas informações sobre a estrutura das secretarias, sobre projetos, programas de governo e pessoal, mas não foram repassadas as informações sobre o pessoal e quanto será arrecadado até o final deste ano.

O governo de Minas alega que todas as informações sobre a administração do Estado estão sendo transmitidas à equipe de transição em “reuniões que foram agendadas em conjunto entre representantes dos governo atual e eleito”. 

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