Comitê avaliará caso do torturador argentino Gonzalo Sánchez

Alberto Sena - Hoje em Dia
07/06/2013 às 08:32.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:55

O Comitê de Defesa da Humanidade (CDH), cuja presidente do Capítulo Rio de Janeiro é Marília Guimarães, escritora e empresária na área de informática, vai tomar uma posição em relação ao caso do torturador argentino Gonzalo Sánchez, preso em Paraty (RJ), em fevereiro.

Ainda nesta sexta-feira (7), segundo disse ela, o comitê, que tem como patrono o arquiteto Oscar Niemeyer, falecido neste ano, vai anunciar a sua posição e já está contatando seus membros espalhados pelo mundo.

Sánchez se encontra no presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro (RJ), com pedido de extradição feito pelo governo da Argentina, que o quer de volta para dar sequência ao processo, ao qual o Hoje em Dia teve acesso, e para dar informação sobre o paradeiro de US$ 300 milhões (“dinheiro sujo”) expropriado das vítimas da ditadura argentina, que estariam em bancos da Suíça.

Marília disse ter distribuído a reportagem sobre o caso Sánchez para os contatos dela dentro e fora do País. Ela considera o caso tão ou mais complicado do que o do italiano Cesare Battisti.

A ativista informou já ter entrado em contato com a jornalista Stella Calloni, especialista na Operação Condor, inclusive com livro publicado sobre o tema. Calloni tem 80 anos e é corresponsável, na Argentina, pelo diário “La Jornada”. Ela é especialista também em assuntos de guerra e se prontificou a ajudar o Comitê de Defesa da Humanidade com informações sobre o caso do argentino Sánchez.

O vice-presidente da Comissão da Anistia de Minas Gerais, Betinho Duarte, disse que está em contato com a ONG carioca “Tortura Nunca Mais”, porque “esse caso tem conotação política muito forte e é preciso saber qual a origem desses US$ 300 milhões que estariam em bancos da Suíça”, disse.

Ele enviou mensagem à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ) solicitando providências urgentes em relação “a esse torturador argentino Gonzalo Sánchez, inclusive com a quebra do sigilo fiscal e bancário, não só dele como da empresa na qual trabalhava, em Paraty (RJ)”.

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