A tentativa do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Léo Burguês (PSDB), de acalmar os ânimos dos vereadores de oposição, insatisfeitos com a alteração nas comissões da Casa, parece estar longe do fim. Após quase quatro horas de discussões entre os líderes das bancadas, nesta quinta-feira (13), com direito a bate-boca, não houve acordo para retomar as votações.    Segundo o petista Arnaldo Godoy, o combinado é “não flexibilizar”. “Estou há 20 anos aqui e interferência do Executivo como esta nunca vi. Não vão conseguir reduzir a atuação da oposição tirando gente nossa das comissões e somos contra esse super poder da Mesa Diretora”, afirmou.    Enquanto o PT e o PCdoB alegam que um integrante da Mesa não pode ser titular de comissões, governistas alegam que resolução aprovada no ano passado para mudar pontos do regimento interno permite que, com exceção do presidente, os demais membros da Mesa integrem as comissões.    Não houve quórum no plenário. O vereador Welligton Bessa “Sapão” (PSB) usou o microfone para agradecer pelo mandato. Hoje, o vereador licenciado Daniel Nepomuceno (PSB) voltará ao posto.    Verba indenizatória   A reunião do colégio de líderes trouxe à tona as críticas dos vereadores ao presidente da Câmara sobre a proposta de mudar a verba indenizatória. Nos bastidores, fala-se no temor de que o presidente tenha “mais um poder de negociação”, ao concentrar o controle dos gastos dos gabinetes nas mãos da cúpula da Casa, e  ainda, a reclamação de que a CMBH estaria sendo “usada” para promoção pessoal.    De acordo com o presidente da comissão especial criada para tratar da verba indenizatória, Ronaldo Gontijo (PPS), da base do governo, não há um vereador que defenda a manutenção do modelo atual. “Estudamos a possibilidade de fazer licitação para materiais e serviços”, disse. 

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