
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), encontra-se na tarde desta segunda-feira (2) com o governador mineiro Romeu Zema (Novo), na Cidade Administrativa, região Norte de Belo Horizonte, para discutir, entre outros assuntos, os reajustes aos servidores da Segurança Pública no Estado, previstos em projeto de lei que aguarda sanção do Executivo de Minas.
Mais cedo, antes de fazer uma palestra a empresários, também na capital, Doria antecipou à imprensa ser contrário à medida, proposta pelo próprio Zema. Para o governador paulista, os reajustes previstos, que somariam 41,7%, escalonados em três anos, e poderiam onerar os cofres mineiros em R$ 9 bilhões - ou quase R$ 30 bilhões, se forem estendidos a outras categorias, conforme emendas ao PL acrescentadas na Assembleia -, seriam inviáveis.
"A meu ver, é uma decisão que precisa ser revista", disse Doria, no início da tarde. "Ela (a medida) não é boa para Minas Gerais. Minas não tem condição fiscal para isso. Não quero interferir nos termos de Minas, mas a minha percepção é que ela não é boa, que ela é inviável".
Doria destacou ainda que a recomposição salarial dos agentes de segurança de Minas poderia criar problemas para a maioria das unidades da federação, ampliando a insatisfação de policiais de todos os estados e produzindo movimento grevistas e motins, como o ocorrido recentemente no Ceará.
"Não é uma medida que afeta apenas Minas Gerais, afeta o país. Somos 27 estados e a medida de Minas Gerais, se adotada for, ela coloca sob pressão todos os demais governadores", afirmou.
A reunião entre os governadores está marcada para as 15h. Após o encontro, não há previsão de que Zema se pronuncie, mas Doria deve atender os jornalistas.