Defesa de Zilmar deve alegar que dinheiro recebido foi por serviço prestado

Agência Brasil
15/08/2012 às 17:47.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:29

BRASÍLIA – O processo do mensalão tem um viés político, disse nesta quarta-feira (15) o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de Zilmar Fernandes, sócia do publicitário Duda Mendonça. Neste momento, Kakay ocupa a tribuna no julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal.

Ele aproveitou o início da sustentação oral para criticar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Para Kakay, Gurgel tem posição privilegiada no plenário do STF, o que não poderia acontecer. "Outro dia um cliente meu viu o senhor entrar e apavorou-se: 'Mas ele vota'? E tive que explicar".

Na defesa de Zilmar, Kakay deve alegar que o dinheiro recebido diz respeito a um serviço de propaganda lícito prestado ao PT e que não sabia da existência de organização criminosa para viabilizar o pagamento. Ele também deve argumentar que não houve crime de evasão de divisas porque as transferências seguiram as normas permitidas pelo Banco Central à época.

Zilmar é acusada de articular pessoalmente o recebimento da dívida de campanha das eleições de 2002 por meio do esquema criminoso montado por Marcos Valério, com saques em espécie no Brasil e movimentação no exterior para receber a outra parte da dívida. Ela responde pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

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