(Bruno Moreno)
Faltando uma semana para a cerimônia de abertura da Olimpíada Rio 2016, os delegados da Polícia Federal organizaram manifestações em todo o país, nesta sexta-feira (29). Em Belo Horizonte eles fizeram uma paralização pela manhã para reivindicar que o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) cumpra um acordo com a categoria. No entanto, segundo o diretor regional da Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF/MG), Luiz Augusto Pessoa Nogueira, não há indicativo de greve.
São quatro as reinvindicações, e duas delas envolvem diretamente o comando da corporação. A categoria reivindica que a escolha do Diretor-Geral da Polícia Federal seja feita em um processo com duas etapas. Primeiro, a categoria votaria nos candidatos, e os três primeiros nomes seriam enviados ao presidente do país, que escolheria o que julgar melhor.
A outra reivindicação é que o diretor-geral tenha um mandato de três anos. Atualmente, não há mandato, e o presidente do país tem poder de colocar no cargo o nome que entender ser o melhor. O processo é semelhante ao que já ocorre no Ministério Público Federal.
Outro ponto é que os delegados também fazem pressão para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 412/09, que garantiria mais independência funcional, orçamentária e política à Polícia Federal. A pauta é polêmica, e tem o apoio dos delegados, mas não dos demais servidores da PF.
Por fim, eles querem mais garantias às atividades dos delegados. De acordo com o Nogueira, muitos deles têm sido perseguidos e isso tem atrapalhado a atividade profissional.
Os diretores da ADPF têm um encontro marcado em Brasília, de 9 a 11 de agosto, e tentarão uma agenda com o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, para tratar das reivindicações.