Dilma diz que não renuncia e desabafa sobre Lula

Estadão Conteúdo
11/03/2016 às 13:50.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:46

Em reunião com reitores de Universidades Federais na manhã desta sexta-feira, 11, a presidente da República, Dilma Rousseff, falou em futuro, reconheceu que o momento é delicado, mas que não pensa em renunciar ao cargo.

"Ela disse que o governo vai continuar trabalhando, na batalha e que não existe possibilidade de renúncia", afirmou o reitor da Universidade de Brasília (UNB), Ivan Camargo, ponderando que a fala foi dentro de um contexto em que ela falava de projetos de futuro. "Ela estava tranquila, dizendo que vai continuar firme e que o futuro do país passa
pela educação e democracia."

Segundo reitores presentes no encontro, Dilma fez "um longo desabafo" sobre a situação do seu padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva e disse que há preocupação com o processo de Lula.

A presidente reforçou que "não há base legal" para o pedido de prisão preventiva do ex-presidente. "Ela falou que o momento é delicado, disse que o ex-presidente Lula está sendo vítima de um processo em que não há base legal. E ela acha que não se sustenta esse processo", afirmou o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Jefferson Fernandes.

Tranquilidade

Camargo afirmou que Dilma se mostrou "tranquila, apesar de preocupada" com a situação de Lula. "Ela estava tranquila, mas mostrou preocupação com a situação de Lula e disse que é preciso ter respeito aos devidos processos legais."

Presente na reunião, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também fez uma defesa do ex-presidente Lula, segundo relatos. O ministro fez coro a "injustiça" que está sendo feita e afirmou que está havendo um "desrespeito" a figura do ex-presidente.

A presidente teria dito ainda que a crise econômica está dando sinais de arrefecimento, mas reconheceu que o aspecto político tem interferido na retomada do crescimento. Segundo o reitor da UFRR, Dilma garantiu que não haverá mais cortes de verbas na área da educação.

"Ela disse que o que tinha que cortar já foi cortado e que política agora será de desacelerar a expansão (das universidades), mas manter as conquistas", afirmou.

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