(Frederico Haikal)
Em sua oitava viagem a Belo Horizonte neste ano, principal reduto eleitoral de Aécio Neves, a presidente Dilma Rousseff alfinetou a oposição ao afirmar que durante as décadas de 80 e 90 o governo federal não investiu em transporte de massa, ao contrário do que acontece agora. Ela classificou com uma “decisão histórica” o fato de a União fazer parcerias com as prefeituras para tirar do papel projetos de mobilidade urbana.
A afirmação foi feita neste domingo, durante inauguração do Centro de Controle Operacional de Belo Horizonte (COP-BH), localizado no bairro Buritis, na região Oeste da Capital. Dos R$ 31,6 milhões investidos no centro, R$ 30 milhões foram financiados pelo governo federal com juros subsidiados. O restante, R$ 1,6 milhão, foi de recursos da própria prefeitura.
No Centro de Controle será feito o monitoramento de diversos serviços administrados pela PBH por meio de 1 mil câmeras que transmitem imagens em tempo real. As câmeras estão estrategicamente distribuídas por Belo Horizonte, inclusive nos principais corredores de tráfego como as avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Amazonas, Calos Luz, Pedro II, Raja Gabaglia, Contorno e Afonso Pena.
O sistema inclui, ainda, painél de mensagens que exibe informações sobre o trânsito, possibilitando intervenções no tráfego, quando necessárias. A localização dos agentes de campo e a posição das viaturas são outros dados expostos nos painéis.
De acordo com o prefeito de Belo Horizonte, a implantação do centro é a prova de que uma parceria entre os governos federal e municipal leva ao sucesso.
“Este momento se reveste de muito importância não só pelo simbolismo, mas pelos benefícios na vida da população. Neste espaço temos a representação prática da intersetorialidade, do trabalho coletivo e integrado, do esforço conjunto onde os órgãos atuarão de forma integrada para garantir o bom funcionamento da cidade”, diz o prefeito.
Na avaliação da presidente, o COP-BH, assim como o BRT Move, representam “a verdadeira revolução do trânsito em Belo Horizonte”.
Na ocasião, ela assinou o termo de doação de 19 ambulâncias do Samu para diversos municípios de Minas Gerais. Durante a Copa, no entanto, os veículos ficarão em Belo Horizonte. Das unidades doadas pelo governo federal, 14 são básicas e cinco são capacitadas com equipamentos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Os veículos custaram R$ 2,3 milhões à União. l