Eike diz em CPI que não há irregularidades em empréstimos do BNDES ao Grupo EBX

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17/11/2015 às 11:30.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:31

O empresário Eike Batista afirmou na manhã desta quinta-feira (17), que suspeitas de irregularidades em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Grupo EBX são uma "inverdade". Em depoimento à CPI do BNDES, Eike disse que os recursos do banco de fomento usados pelo grupo, de cerca de R$ 10 bilhões, representam uma pequena parte dos investimentos totais dos projetos.

Aos deputados, o empresário afirmou que veio à comissão para explicar "uma grande inverdade em relação aos créditos do BNDES". "Como qualquer empresário do mundo, vai procurar recursos de várias fontes", disse, ao justificar o motivo dos empréstimos. Ele ressaltou que o BNDES não teve prejuízo em seus financiamentos feitos com o grupo.

Eike usou como exemplo o Porto de Açu, que teve R$ 3,3 bilhões de empréstimos do BNDES, enquanto investimentos próprios e de investidores estrangeiros somaram cerca de R$ 70 bilhões. Segundo ele, o porto hoje gera renda, empregos e facilita as exportações do País.

A convocação de Eike atende a quatro requerimentos de parlamentares. Um deles, de autoria do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), argumenta que o empresário recebeu "volumes vultosos" de empréstimos do BNDES. Para o deputado, a concessão dos créditos ao grupo de Eike ocorreu em função de ter sido "privilegiado pela política de escolha de campeões nacionais", companhias selecionadas para se tornarem destaques em seus setores.

"Em função das dificuldades que passaram a ser enfrentadas pelas empresas de Eike Batista, surge a necessidade de investigar em quais circunstâncias ocorreram os pagamentos relatados, bem como a real existência e de que forma o Banco oficial vem recuperando os recursos emprestados", diz o requerimento.

A CPI do BNDES foi instalada no início de agosto pela Câmara dos Deputados e tem a finalidade de investigar supostas irregularidades envolvendo o BNDES, ocorridas entre os anos de 2003 e 2015, relacionadas à concessão de empréstimos suspeitos e prejudiciais ao interesse público.
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